A flauta doce no Brasil - da chegada dos jesuítas à década de 1970

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Aguilar, Patricia Michelini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-31102017-151628/
Resumo: Esta tese propõe uma reconstituição da história da flauta doce no Brasil entre 1550 e 1970. Na primeira parte averiguamos a presença da flauta doce no período colonial, sobretudo no âmbito das missões jesuítas. Demonstramos que a flauta foi usada principalmente por crianças indígenas, como complemento à catequese e preparação para a prática musical da liturgia. Foram abordados aspectos como metodologia de educação, repertório provável e origem dos instrumentos utilizados. Enumeramos também algumas possibilidades de uso da flauta doce em ambientes não jesuítas entre os séculos XVI e XVIII. Na segunda parte discorremos sobre a flauta doce baixo que faz parte do acervo da Escola de Música da UFRJ, doada em 1896 por Leopoldo Miguez. Para concluir, apresentamos um abrangente panorama do retorno da flauta doce ao cenário musical brasileiro no século XX. Através de entrevistas e consultas com várias personalidades que se destacaram em ações pró-instrumento, elaboramos um percurso da flauta doce pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Observamos que os pioneiros da flauta doce no século XX eram, em sua maioria, imigrantes europeus ou alunos destes imigrantes, sem formação específica no instrumento. Apontamos os ambientes onde a flauta doce circulou entre as décadas de 1950 e 70, reiterando sua vocação de instrumento musicalizador e conquistando espaço como instrumento artístico.