Avaliação do processo por embalagem do tipo atmosfera modificada na conservação da carne bovina porcionada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Baracat, Rosana Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29012007-144806/
Resumo: O uso de atmosfera modificada (ATM) na embalagem de cortes cárneos tem sido uma alternativa para melhorar a qualidade do produto. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi observar a vida útil de carnes armazenadas neste tipo de embalagem. Foram retiradas 96 amostras de 4 novilhos anelorados, divididas em três tratamentos: Tratamento 1 (T1) – referente às amostras analisadas no dia da desossa; Tratamento 2 (T14) – referente às amostras analisadas aos 14 dias de armazenamento; Tratamento 3 (T28) – referente às amostras analisadas aos 28 dias de armazenamento. Cada tratamento tinha oito amostras de cada um dos quatro músculos estudados: Longissimus dorsi (Contrafilé) – LD, Quadricepis femoris (Patinho) – QF, Semitendinosus (Lagarto) - ST e Supraspinatus (Peixinho) – SS, sendo quatro delas (A, B, C e D) usadas para análises de força de cisalhamento, perdas de água ao cozimento e por exsudação, pH e cor, e as outras quatro para análises microbiológicas. As amostras foram embaladas em sacos do tipo masterpack com mistura de gases na proporção de 75% O2 e 25% CO2 e armazenadas por 28 dias em câmara de resfriamento com temperatura de 0 a 1ºC. Ao longo do período de armazenamento foi observada uma redução linear da força de cisalhamento nos músculos LD, ST e QF, e uma associação quadrática em relação ao músculo SS, com um aumento da força após 14 dias. Em relação às perdas de água ao cozimento houve uma interação significativa entre o tempo de armazenamento e os músculos, e as perdas por exsudação apresentaram uma relação linear com o tempo de armazenamento, com valores crescentes de perdas do T1 em relação ao T2 e T3. Os valores de pH apresentaram uma associação linear e quadrática em relação ao tempo de armazenamento. Para as características de cor, o tempo de armazenamento apresentou associação linear e quadrática com o croma L*, quadrática com o croma a* e linear e quadrática com o croma b*. Não foram detectadas presenças de Salmonella e de Coliformes fecais, e nem de Clostridium em nenhuma das amostras analisadas, e as contagens detectadas de Coliformes totais estão abaixo do limite especificado para carne crua. Desta forma, foi concluído que carnes armazenadas em ATM, por um período de até 28 dias, não comprometem a qualidade visual e sensorial dos produtos.