Análise da formação acadêmica e técnicas de reparos de restaurações pré-existentes na Rede de Atenção em Saúde Bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: D'oro Junior, Ubiratan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-12062018-103342/
Resumo: A substituição total de restaurações dentais que apresentam pequenos defeitos são encontradas com muita frequência na prática da Odontologia. Entretanto, a possibilidade de reparos dessas porções defeituosas podem ser considerados alternativas viáveis à substituição. No entanto, pouco se conhece sobre a aplicação da técnica reparadora. O objetivo deste estudo foi analisar a formação acadêmica e as técnicas de reparos empregados em restaurações dentárias pré-existentes realizadas pelos Cirurgiões-Dentistas na Rede de Atenção em Saúde Bucal, em uma Capital da região Sul do Brasil. Identificando se os cirurgiões-dentistas realizam reparos em restaurações defeituosas, quando e como realizam, além de avaliar se receberam alguma forma de orientação no período acadêmico e se julgam obter sucesso em seus tratamentos reparadores. Para o desenvolvimento do estudo, foi escolhida a cidade de Curitiba. Dos 10 Distritos Sanitários que possui, foram selecionados 5 Distritos, totalizando 58 Unidades Básicas de Saúde. Um total de 134 Cirurgiões-Dentistas na ativa participaram da pesquisa e foram entrevistados aplicando-se um questionário realizado por um único pesquisador. Os questionários incluíam: dados pessoais, realização de reparos em restaurações; formação acadêmica para a execução desta conduta e a técnica empregada. Os resultados foram submetidos ao Teste Qui quadrado ou o Teste de Fisher e o software usado nas análises foi o Statistica 7.0 com nível de significância empregado de 5%. 99% dos Participantes relataram realizar reparos em restaurações e 69% deles não receberam orientação sobre a técnica de reparo durante o período acadêmico (graduação). Dos Participantes da pesquisa, 90% realizam o reparo independente do Profissional que realizou a primeira restauração (p=0,0001). As restaurações diretas são as mais comumente reparadas (65%) e a resina composta foi o material eleito (34%) para a realização do reparo (p=0,003). 77% dos Participantes pretendem utilizar o reparo em todas as situações possíveis (p=0,0001); 25% dos Participantes da pesquisa disseram que realizam o reparo da restauração independente da extensão da cárie (p=0,132); todas as idades são passíveis de receberem o reparo de restaurações defeituosas. A maioria dos Participantes realizam somente retenções adicionais no material restaurador remanescente e na estrutura dental (54%), 49% realizam retenções adicionais e bisel. Para o preparo do material restaurador remanescente e da estrutura dental, utilizam o ácido fosfórico e a aplicação do adesivo (98%) e somente 2% dos Participantes aplicam o silano previamente à aplicação do adesivo. As restaurações de reparo são muito bem aceitas pelos pacientes (98%) e o sucesso dos procedimentos de reparo, de acordo com os Participantes, é de 98%. Praticamente todos os Participantes da pesquisa (97%) acreditam que as técnicas de reparo devem fazer parte do currículo de graduação dos futuros Cirurgiões-Dentistas. Conclui-se que apesar da maioria dos Participantes afirmarem não ter recebido nenhuma orientação durante o período acadêmico (graduação) sobre a técnica de reparos, praticamente todos realizam reparos em restaurações defeituosas e julgam obter sucesso com esse tipo de tratamento.