Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Couto, Juliana Aguiar Bittencourt |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-07112012-154717/
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Resumo: |
O envelhecimento populacional tem como uma de suas implicações o aumento do número de indivíduos com incapacidade funcional, o que gera uma demanda por de cuidados de longa duração, exercidos principalmente pelas famílias. Essas, por suas transformações contemporâneas tendem a ter reduzida a sua capacidade de atender a essa demanda. Assim, a presença do cuidador formal domiciliar de pessoa idosa como elemento fundamental, nesse contexto, deixa de ser um problema do âmbito privado e configura-se em uma questão de saúde pública. O presente estudo investigou a trajetória ocupacional de cuidadoras formais domiciliares de pessoas idosas, com o objetivo de compreender seus principais eventos e características, a percepção que elas têm do seu trabalho, de seu processo de capacitação e do cuidado. Nesta pesquisa qualitativa, os dados foram examinados com utilização da técnica da Análise do Discurso, a partir da construção de uma linha cronológica das trajetórias, com seus principais eventos e categorização das frases significativas, destacadas dos relatos. As categorias empíricas de análise foram: trabalho, gênero, qualificação e cuidado. Verificou-se que as mulheres chegam ao trabalho de cuidadora formal domiciliar de pessoa idosa pelo trabalho doméstico, pela qualificação formal ou pela experiência de cuidar de seus familiares idosos. As trajetórias são caracterizadas pela precarização do trabalho, especialmente daqueles desenvolvidos no ambiente domiciliar, pela inserção e reinserção das mulheres no mercado de trabalho via ambiente doméstico, pela desvalorização do trabalho feminino, pela dificuldade em conciliar os cuidados aos filhos e familiares idosos com o trabalho remunerado, pela escolarização e profissionalização (quando há) tardias, pela experiência prática como sendo a principal ferramenta qualificadora, e pelo cuidado como disposição ética promotora de sentido para a atividade laboral. Conclui-se que, a promoção de relações de gênero mais igualitárias, a educação formal específica, a regulamentação da profissão e a adoção de um novo modelo de trabalho e emprego na área de cuidados à pessoa idosa, podem melhorar a qualidade desse trabalho, assim como promover o bem estar dos idosos dependentes e de suas famílias |