Participação da via PI3K/AKT na produção de óxido nítrico por macrófagos peritoneais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Duarte, Andressa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NO
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-21102013-112320/
Resumo: A imunidade inata é responsável pela resposta inicial aos microrganismos, uma vez que impede, controla ou elimina a infecção. Esse sistema consiste em barreiras epiteliais, proteínas plasmáticas e células circulantes e teciduais. Dentre esses componentes, os macrófagos possuem grande importância, sendo capazes de controlar e eliminar agentes patogênicos através da fagocitose e produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. A ativação de PRRs por constituintes oriundos dos patógenos em macrófagos desencadeia eventos da resposta imune inata, ativados por diversas vias de sinalização intracelular. A via das PI3Ks é conhecida por regular várias funções nas células, como a regulação do ciclo celular, migração e produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. O NO é um mediador central na imunidade inata que, após estímulos inflamatórios, é produzido em altas quantidades através da iNOS. Macrófagos deficientes em PI3K produzem menos NO e apresentam prejudicado controle da infecção quando infectados por T. cruzi. O objetivo do presente trabalho foi investigar o papel da via PI3K na produção de NO por macrófagos peritoneais estimulados com LPS. Os macrófagos empregados no estudo, WT e PI3K-/-, possuem o mesmo fenótipo. Observamos que macrófagos PI3K-/- possuem uma menor produção de NO e expressam menos iNOS. A reduzida expressão de iNOS, após estímulo com LPS, é também observada quando macrófagos WT são tratados com inibidores seletivos da PI3K e AKT. Além disso, demonstramos que, concomitantemente à menor expressão da iNOS, ocorre deficiência na fosforilação da AKT e diminuição da ativação do fator de transcrição NF-kB, sugerindo que a PI3K participa da ativação do NF-kB. Foi observado ainda que o tratamento com PTX também diminui a expressão da iNOS. No entanto, macrófagos PAFR-/- expostos ao LPS presentam maior expressão da iNOS, enquanto os macrófagos CCR2-/- apresentam menor expressão dessa enzima nessas condições. Para investigar a implicação da via PI3K in vivo foi administrado LPS i.v., como modelo de choque endotoxemico, no qual observamos maior sobrevida em animais PI3K-/- comparado aos animais WT e menores níveis de nitrito no soro. Nossos dados sugerem que a enzima PI3K é crítica para expressão de iNOS e produção de NO pelos macrófagos, possivelmente através da ativação do receptor CCR2, estando envolvida na fisiopatologia do choque induzido por LPS.