Proteólise do colágeno tipo I pela metaloproteinase de matriz (MMP)2 contribui para a ativação da quinase de adesão focal e proliferação das células musculares lisas vasculares na aorta em estágios iniciais da hipertensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Neves, Viviano Gomes de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-26022024-091524/
Resumo: Aumento da atividade da metaloproteinase de matriz (MMP)-2 contribui para aumentar a proliferação das células musculares lisas vasculares (CMLV) na aorta no início da hipertensão, ao clivar várias proteínas da matriz extracelular. Produtos da quebra do colágeno tipo I podem ativar as quinases de adesão focal (FAK), desencadeando sinais de migração e proliferação nas CMLV. Portanto, hipotetizamos que o aumento da atividade da MMP-2 induz a proteólise do colágeno tipo I nas aortas de ratos hipertensos e, assim, induz a ativação da FAK, levando ao aumento na proliferação das CMLV e remodelamento hipertrófico no início da hipertensão. Métodos: Ratos da linhagem Sprague-Dawley foram submetidos à hipertensão renovascular pelo modelo dois rins-um clipe (2R1C) e tratados com Doxiciclina (30 mg/kg/dia) por gavagem do terceiro ao sétimo dia após a cirurgia. Ratos controles foram submetidos a cirurgia simulada (Sham). A pressão arterial sistólica (PAS) foi medida diariamente por pletismografia de manguito de cauda e as aortas foram processadas para zimografia e Western blot para MMP-2, pFAK/FAK, integrinas e colágeno tipo I. Espectrometria de massa, análise morfológica e imunofluorescência usando Ki67 também foram realizadas para identificar a estrutura do colágeno e a proliferação das CMLV. Células A7r5 foram estimuladas com colágeno e tratadas com inibidores de MMP (Doxiciclina ou ARP-100) e com o inibidor de FAK, PND1186, por 24 h. As células foram lisadas e avaliadas por Western blot para pFAK/FAK. Resultados: Ratos 2R1C desenvolveram PAS elevada na primeira semana, assim como aumento na expressão e atividade da MMP-2 na aorta (p<0,05 em relação ao grupo Sham). O tratamento com Doxiciclina reduziu tanto a atividade da MMP-2 quanto a proteólise do colágeno tipo I nas aortas de ratos 2R1C (p<0,05). Aumento de pFAK/FAK e aumento na proliferação das CMLV ocorreu no grupo hipertenso (p<0,05 em relação aos grupos Sham) e a Doxiciclina reduziu ambos os parâmetros (p<0,05). O aumento na proliferação de CMLV contribuiu para o remodelamento hipertrófico, conforme visto pelo aumento na razão média/lúmen e área de secção transversal (p<0,05 em relação aos grupos Sham). Em cultura de células, a MMP-2 cliva o colágeno, efeito revertido por inibidores de MMP (p<0,05). Níveis aumentados de pFAK/FAK foram observados quando o colágeno foi adicionado ao meio de cultura (p<0,05 em relação ao controle) e inibidores de MMP e FAK reduziram esse efeito. Conclusões: O aumento na atividade da MMP-2 induz a proteólises do colágeno tipo I nas aortas de ratos 2R1C e contribui para ativar FAK, induzindo a proliferação das CMLV durante a fase inicial da hipertensão.