Avaliação de processos motores e cognitivos em pacientes com cãibra do escrivão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cunha, Ana Luiza Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-29032018-100100/
Resumo: Introdução: A cãibra do escrivão (CE) é uma distonia focal com contração sustentada e involuntária das mãos, dedos e/ou braços durante a escrita. Poucos estudos avaliaram desempenho motor e cognição na CE a partir de testes neuropsicológicos. Os achados do estudo podem colaborar na reabilitação da doença. Objetivo: Avaliar os desempenhos motor e cognitivo dos pacientes com CE. Métodos: Foram avaliados 21 pacientes e 21 controles pareados por sexo e idade. Dados clínicos foram colhidos e combinados com avaliação da presença de sintomas de depressão, ansiedade e apatia por meio, respectivamente, dos Inventários de Depressão e Ansiedade de Beck e da Escala de Apatia. A gravidade da distonia foi quantificada pelas escalas Writer\'s Cramp Rating Scale e The Arm Dystonia Disabiliity Scale. O desempenho motor foi avaliado pelo Purdue Pegboard Test (PPT). Demais testes neuropsicológicos aplicados foram: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Frontal Assessment Battery (FAB), Symbol Digit Modalities Test (SDMT), Stroop Test (ST) e Trail Making Test (TMT). Resultados: Pacientes com CE apresentaram desempenho inferior aos controles nos testes: MEEM, FAB e ST parte \"W\". Após correção para anos de estudo, variável demográfica com diferença estatística significativa entre os grupos, manteve-se diferença significativa apenas na FAB. Pacientes apresentaram desempenho inferior aos controles nas tarefas com a mão dominante, com ambas as mãos e no teste de montagem do PPT. Após correção para variável anos de estudo, não houve diferença significativa, apenas tendência estatística à performance inferior de pacientes na tarefa montagem do PPT. O desempenho da tarefa montagem do PPT em pacientes com CE teve forte correlação positiva com testes neuropsicológicos, e não com gravidade motora da distonia. Conclusões: O estudo sugere que pacientes com CE apresentem disfunção executiva. As aterações motoras encontradas na tarefa montagem do PPT dos pacientes com CE estão possivelmente relacionadas ao déficit no funcionamento executivo destes indivíduos.