Efeitos da política fiscal sobre o nível da taxa de juros nominal de longo prazo de 25 países da OCDE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Leal, Ricardo Batista Camara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-14042011-143847/
Resumo: Esta dissertação é um estudo empírico que relaciona variáveis fiscais como dívida pública e déficit primário com a taxa de juros nominal de longo prazo, relação, que na literatura empírica como um todo, é bastante ambígua. Quando separamos, desta literatura, os trabalhos que incluem expectativas de déficits, obtemos resultados positivos e significantes, ou seja, que a contenção fiscal reduz a taxa de juros de longo prazo. Ainda nesta literatura, poucos trabalhos fazem uso de dados de painel devido à pouca disponibilidade de dados. Dessa forma, usamos um painel com 25 países e dados anuais entre 1980 e 2009. Assim, estimam-se modelos estáticos e dinâmicos em que a taxa de juros nominal de longo prazo é explicada pela dívida pública e, principalmente, o déficit primário, controlando a existência de efeitos fixos para países e anos. Utilizamos, em seguida, modelos não-lineares, para captar efeitos das variáveis fiscais de forma não-linear e com variáveis interativas. Encontra-se uma relação positiva entre as variáveis, indicando que um aumento no déficit primário leva a um aumento na taxa de juros nominal de longo prazo. A magnitude do efeito estimado é semelhante a outros estudos feitos com dados em painel. Os resultados apontam que um aumento em um ponto percentual do déficit primário leva a um aumento de zero a 10 bps sobre a taxa de juros nominal de longo prazo. Já para a dívida pública encontramos que, ao contrário do que esperaríamos pela teoria, que seu efeito sobre a taxa de juros nominal de longo prazo é insignificante e menor do que o encontrado na maior parte da literatura, menos de 2 bps, mas semelhante aos de outros trabalhos. Ao contrário de toda literatura para dados em painel, incluímos também a expectativa de déficits, variável que deveria incorporar mais informação do que somente o déficit corrente e, por isso, nossos resultados deveriam ser mais significantes. No entanto, estas variáveis não estão disponíveis para muito anos e, portanto, para esta parte do trabalho nossa amostra se reduz para 1996-2009. Contudo, ao fazermos as mesmas estimações que as anteriores, mas com a expectativa de déficit obtemos coeficientes para o déficit primário insignificantes, nem sempre positivos e baixos. Este resultado parece ser devido à amostra reduzida que temos para expectativa de déficit.