Segurança alimentar e nutricional em crianças no município de São Paulo: desafios na formação do nutricionista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vieira, Viviane Laudelino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-21112011-075950/
Resumo: Introdução: É crescente a discussão da segurança alimentar e nutricional (SAN) no cenário de políticas públicas nacional, principalmente com relação à atenção à saúde infantil. O nutricionista, por sua vez, é um dos profissionais aptos para desenvolver ações visando à SAN. Objetivo: Analisar as habilidades e competências adquiridas durante a graduação para a atuação em SAN entre nutricionistas que trabalham com crianças na atenção básica de saúde no Município de São Paulo. Métodos: Estudo de natureza qualitativa, no qual foram investigados 16 nutricionistas da atenção básica de saúde graduados a partir de 2004 e 22 cursos de Graduação em Nutrição do município, tendo como referências o seu coordenador e os projetos político-pedagógicos (PPPs). A percepção acerca da formação foi verificada por meio das técnicas do Discurso do Sujeito Coletivo, utilizando-se de entrevistas individuais, e de grupo focal. Os PPPs foram confrontados com referenciais teóricos da área. Resultados: A experiência profissional mostrou-se mais significativa do que a formação obtida na Graduação, segundo os nutricionistas. Coordenadores e nutricionistas concordam que atividades de estágios, a disciplina saúde pública e aquelas da área das ciências humanas, a discussão da atuação interdisciplinar e a abordagem transversal de SAN são relevantes para a formação do profissional. Nutricionistas tendem a apontar a formação por eles obtida como insuficiente para aquisição de habilidades e competências para atuação em SAN para crianças, enquanto que os coordenadores sinalizam que os cursos apresentam estrutura favorável para tal. Os PPPs remetem à limitação do tema de SAN para crianças com relação aos objetivos dos cursos, perfil profissional e princípios norteadores, porém indicam habilidades e competências relativas a sistemas de saúde e políticas públicas de alimentação e de nutrição. Conclusão: Verificou-se convergência entre nutricionistas e coordenadores ao refletirem sobre os aspectos da formação que favorecem a atuação em SAN para o público infantil no âmbito da atenção básica, como a estrutura do curso, disciplinas ministradas e estratégias de ensino. Porém, estes divergem sobre a qualidade da formação obtida/oferecida, indicando que as possíveis propostas construídas e desenvolvidas pelos cursos para o desenvolvimento de habilidades e competências não são percebidas pelos estudantes e, principalmente, limitam a sua tradução na prática profissional.