As metamorfoses em Poranduba amazonense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lacerda, Gabriela Ismerim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-10052016-141601/
Resumo: Sá (2012, p. 23) considera que na cultura amazônica o mundo não foi criado de uma só vez, mas sim a partir de gêneses múltiplas, sonhos e contínuas metamorfoses. Este trabalho propõe um estudo das metamorfoses presentes em Poranduba amazonense (1890), de Barbosa Rodrigues, em que o autor coleta, transcreve e traduz relatos da literatura oral da Amazônia do século XIX. Discute-se incialmente algumas acepções do conceito de literatura para a defesa do estudo sobre literatura oral, da qual as porandubas fazem parte. São explorados também o uso de termos como mito, lenda e conto articulando as definições nem sempre consonantes de Câmara Cascudo (2006), Jolles (1972) e outros. A apresentação da Morfologia dos contos indígenas norte-americanos de Alan Dundes (1996), desenvolvida a partir dos trabalhos de Vladmir Propp e Keneth Pike, faz-se útil na medida em que será utilizada também como nosso aparato metodológico no estudo dos processos metamórficos em dezenove narrativas. O modelo de Dundes aplicado às narrativas estudadas mostra-se eficaz ao evidenciar que elas não são desprovidas de estrutura e organização. Contudo, argumenta-se que, para analisar as metamorfoses do nosso corpus, é proveitoso fazer uso da função F proppiana. Questionamos se, ao adaptar a morfologia de Propp, Dundes não a teria reduzido em demasia por supor os textos indígenas menos complexos.