Desvendando o papel biológico de LsfA, uma 1-Cys Prx envolvida na virulência de Pseudomonas aeruginosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Rogério Luis Aleixo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-23012024-200930/
Resumo: Pseudomonas aeruginosa é uma gamma-proteobactéria ubiqua, principal causa de infecção nosocomial entre todos os patógenos relacionados à pneumonia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Estamos interessados nos aspectos redox envolvidos nas interações hospedeiro-patógeno. A PaLsfA pertence à família da peroxirredoxinas (Prx) e ao subgrupo que contém apenas um cisteína catalítica (chamada 1-Cys Prx). As Prxs são enzimas capazes de remover peróxidos (incluindo peroxinitrito) em altas velocidades. Como a PaLsfA está relacionada à virulência de P. aeruginosa, pretendemos na presente tese avançar ainda mais na caracterização dessa proteína, abordando seus papéis biológicos em P. aeruginosa. Primeiro, avaliamos a constante de velocidade entre a ascorbato e PaLsfA, o único redutor desta proteína descrito até o momento. Além da importância de alguns aminoácidos relacionados à reação entre eles, que, surpreendentemente, para alguns mutantes, aumentou a reatividade em torno de dez vezes. Por diferentes abordagens microbiológicas, revelamos a importância de PaLsfA para a defesa bacteriana contra H2O2 e paraquat (um gerador de superóxido), mas não contra SIN-1 (gerador de peroxinitrito). Usando a sonda geneticamente codificada - Hyper7 - revelamos a capacidade de PaLsfA de proteger P. aeruginosa contra o H2O2 e a capacidade da ascorbato de atuar como um redutor intracelular de PaLsfA nesta bactéria. Além disso, descrevemos pela primeira vez uma atividade fosfolipase para uma Prx bacteriana, no entanto a implicação biológica desta atividade ainda necessita ser investigada. Finalmente, a capacidade de PaLsfA em influenciar o processo inflamatório em macrófagos é uma primeira descrição de uma Prx bacteriana influenciando a resposta inflamatória do hospedeiro, correlacionando-se com sua participação na virulência de P. aeruginosa. Dessa forma, nossos achados podem esclarecer a compreensão de como essa proteína afeta a virulência da P. aeruginosa e possibilitar futuro desenvolvimento sobre mecanismos inibitórios.