Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Gláucia Antonovicz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-31102017-193849/
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Resumo: |
Neste trabalho, com base na Abordagem multissistêmica (CASTILHO 2010) e na Linguística Cognitiva (LAKOFF & JOHNSON 1985/1980, JOHNSON 1987, LAKOFF 1990/1987, LANGACKER 1993), é estudado o processo de semanticização (CASTILHO, 2010) do elemento em. Nos estudos direcionados a esse elemento, uma grande quantidade de categorias semânticas lhe é atribuída. Por isso, esta pesquisa buscou a redução desse número de categorias. Na análise, foram usados o estudo de Kewitz et al. (no prelo) direcionado ao estudo das preposições e os sentidos históricos do elemento em (NUNES 1930, FARIA 1958, MAURER Jr. 1951, 1959, COUTINHO 1962/1938, SAID ALI 1964/1921, CÂMARA Jr. 1979/1975, ALMEIDA NM 1983, CART et al. 1986/1955). Os dados usados em nossa análise, séculos XVIII e XIX, foram coletados nos corpora do projeto Para História do Português Paulista (PHPP), ou projeto Caipira II. Segundo Kewitz et al. (no prelo), a heterossemia é responsável pela perspectivização de cenas promovida por preposições. As diferentes maneiras pelas quais uma preposição pode perspectivizar uma cena foram organizadas pelos autores (op. cit.) em três funções semântico-cognitivas. Na primeira, uma preposição pode exprimir um EI (LAKOFF & JOHNSON 1985/1980, JOHNSON 1987, DEWELL 2005); na segunda ela estabelece relações dentro de um MCI (LAKOFF 1990/1987, KEWITZ et al., no prelo), via metonímia (LAKOFF 1990/1987, LANGACKER 1993, SOARES DA SILVA 2006) e na terceira, relações entre MCI, via metáfora (LAKOFF & JOHNSON 1985/1980, LAKOFF 2006). Quanto aos sentidos históricos, o elemento em é capaz de ativar sentidos como interioridade, limitação, direção/objetivo, modo/maneira e transformação (NUNES 1930, FARIA 1958, MAURER Jr. 1951, 1959, COUTINHO 1962/1938, SAID ALI 1964/1921, CÂMARA Jr. 1979/1975, ALMEIDA NM 1983, CART et al. 1986/1955). A partir dessas concepções, foi feita uma categorização prototípica dos dados (LAKOFF 1990/1987) - preposição e chunk (BYBEE 2010, p. 34). Foi constatado nessa análise que o elemento em desempenha as funções propostas por Kewitz et al. (no prelo) de acordo com o sentido histórico ativado em um certo contexto de uso. Por meio deste estudo, nos foi possível reduzir a quantidade de categorias semânticas atribuídas ao elemento em. Comprovamos também que o elemento em é polissêmico, mostrando assim que sentido é ativado pelas palavras e não que estas os somam (LAKOFF 1990/1987, SOARES DA SILVA 2006). |