Impacto da intervenção farmacêutica na adesão ao tratamento medicamentoso do paciente idoso diabético seguido em unidade distrital de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bonifacio, Ana Cláudia Rosin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-26082013-101348/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos da intervenção farmacêutica para os pacientes idosos com diabetes mellitus tipo 2, em relação à compreensão do usuário sobre as instruções contidas na receita médica, o entendimento da doença existente e conhecimento sobre o uso de medicamentos, que inclui: a utilização correta, respeito aos horários de tomar a medicação e as posologias prescritas. Foram avaliados 129 pacientes idosos (com 60 anos ou mais) com diabetes no momento de retirar os medicamentos na unidade básica distrital de saúde (UBDS) do Distrito Oeste de Saúde de Ribeirão Preto. No momento em que o paciente retirou a medicação prescrita para o tratamento do diabetes na UBDS foi realizada uma entrevista para obter dados pessoais, informações sobre as medicações em uso e a doença, se necessita cuidador, identificar a escolaridade, avaliar as condições de armazenamento das medicações e aplicados os testes de medida de adesão ao tratamento (Morisky e Green ampliado) e de quantificação de conhecimento relativo ao tratamento medicamentoso (Med Take). Posteriormente, o paciente recebeu uma orientação farmacêutica em relação aos medicamentos prescritos para o diabetes, obedecendo um formulário padronizado que indicava os horários de tomadas das medicações, o medicamento, a quantidade e as interações com alimentos. Após quatro meses, o paciente foi novamente entrevistado, com outra aplicação dos testes de Morisky e Green ampliado e Med Take. O impacto da intervenção farmacêutica foi avaliado pela comparação do desempenho dos entrevistados nos dois momentos, bem como pela variação de alguns parâmetros clínicos, como peso, níveis pressóricos e hemoglobina glicada, através de teste não paramátrico de Mcnemar, Wilcoxon e o modelo de regressão linerar com efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos). O ajuste do modelo foi feito através do software SAS versão 9.0. Como resultado obtivemos uma melhora no segundo momento na aplicação do teste de Morisky e Green com valor p < 0,0001 . No Med Take obtivemos também melhora na pontuação, exceto na comparação do medicamento gliclazida nos parâmetros dose e interação com medicamento que não houve diferença com significância estatistica, provavelmente em decorrência do número reduzido de pacientes em uso dessa medicação, que foi de 10 (dez). Nos dados clínicos não houve diferença estatísticamente significante, que acreditamos ser pelo período reduzido (4 meses) de seguimento. Concluímos que a intervenção farmacêutica melhorou a adesão e o conhecimento do paciente sobre o uso do medicamento.