Invaginações (plicaturas) da grande curvatura gástrica e da parede anterior do estômago para controle de peso: modelos experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fusco, Pedro Ehrmann Brasiliense
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-10032010-114604/
Resumo: INTRODUÇÃO: Muitos procedimentos cirúrgicos e endoscópicos bariátricos realizados atualmente diminuem o volume da luz gástrica de forma isolada ou associados a intervenção sobre o intestino. Uma forma de invaginação ou plicatura gástrica associada ao envolvimento protético do estômago foi usada para tratamento cirúrgico da obesidade. O procedimento foi abandonado devido à elevada taxa de complicações e re-intervenções causadas pelo contato da prótese com as vísceras abdominais. A fundoplicatura a Nissen usada para tratamento de refluxo gastroesofágico leva a emagrecimento pequeno, mas significativo. Na fundoplicatura a Nissen não são usados (e, portanto, não há complicações relacionadas a) secção, grampeamento, anastomose, bandas, anéis ou corpos estranhos. Neste trabalho formulamos a hipótese que a invaginação da grande curvatura gástrica levaria a perda de peso em ratos (Série A - primeira série de experimentos). Confirmada esta hipótese, testamos se a invaginação da parede gástrica anterior teria efeito semelhante (Série B - segunda série de experimentos). A invaginação da parede gástrica anterior evitaria a mobilização do grande omento. MÉTODO: Na Série A, trinta ratos foram sorteados em três grupos. Os dez ratos do primeiro grupo, chamado ACTR- ANEST, foram anestesiados e pesados. Aos dez ratos do segundo grupo, chamado A-CTR-LAP, foram adicionadas laparotomia e manipulação visceral à anestesia. Ao terceiro grupo, chamado A-INV-CURV, foi adicionada uma invaginação da grande curvatura gástrica à anestesia e laparotomia. Os animais da Série A foram pesados novamente no sétimo dia após os procedimentos; pesados, sacrificados e necropsiados no vigésimo - primeiro dia após os procedimentos. Na segunda série de experimentos (Série B), vinte ratos foram sorteados em dois grupos. A parede gástrica anterior foi invaginada em dez ratos no primeiro grupo (B-INV-ANT). A grande curvatura gástrica foi invaginada em dez ratos no segundo grupo (B-INV-CURV). Nesta Série B, os ratos foram pesados semanalmente por quatro semanas, sacrificados e necropsiados no vigésimo - oitavo dia após os procedimentos. RESULTADOS: Na Série A, a média de pesos corporais do grupo A-INV-CURV (311,41g) tornou-se menor que a dos grupos A-CTR-LAP (346,18g) e A-CTR-ANEST (362,48), p<0,001 (ANOVA medidas repetidas). A média de pesos das gorduras peri-testiculares foi significativamente diferente somente entre os grupos A-INV-CURV (4364mg) e A-CTR-ANEST (5059mg), p<0,02 (teste de Dunn). Na Série B, a média de pesos corporais do grupo B-INV-CURV (341,90g) tornou-se menor que a do grupo B-INV-ANT (370,56g) no vigésimo - primeiro dia após os procedimentos, p<0,03 (ajuste de Tukey). Os pesos das gorduras peri-testiculares e os volumes gástricos luminais não foram diferentes no vigésimo - oitavo dia após os procedimentos (sacrifício). CONCLUSÃO: A invaginação da grande curvatura gástrica leva a redução de peso em ratos quando comparada a anestesia isolada, a anestesia seguida de laparotomia, e a invaginação da parede gástrica anterior.