Estilo de liderança, sistema de controle gerencial e inovação tecnológica: papel dos sistemas de crenças, interativo, diagnóstico e de restrições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cruz, Ana Paula Capuano da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-02062014-180339/
Resumo: Esta pesquisa investiga a relação entre estilo de liderança, definição de uso do sistema de controle gerencial (SCG) e inovação tecnológica. Fundamentado nas lideranças transformacional e transacional (Bass, 2008) e no modelo de alavancas de controle de Simons (1995a), este estudo explora o estilo de liderança como um antecedente da definição de uso do sistema de controle gerencial e o papel de seus diferentes tipos de uso (sistemas de crenças, interativo, diagnóstico e de restrições) na inovação tecnológica. A partir de um levantamento realizado com questionário eletrônico, os achados obtidos geram contribuições relevantes para a pesquisa em controle gerencial, ainda que não possam ser atribuídos de maneira generalizada, mas sim em relação a uma amostra de 164 empresas, a maioria de grande porte. Com emprego da técnica de modelagem de equações estruturais, foram encontradas evidências de que a liderança transformacional é um antecedente do uso interativo do SCG e do sistema de crenças. Este achado demonstra que o líder transformacional confere significado ao sistema de crenças e seu comportamento cria condições para que as informações geradas pelo SCG sejam revistas, questionadas e discutidas entre os membros da organização, favorecendo a identificação de estratégias emergentes. Os achados também indicam que os sistemas de crenças, interativo e de restrições influenciam positivamente a inovação tecnológica. Significa que três, dos quatro tipos de usos previstos por Simons (1990, 1991, 1995a), afetam a inovação, ou seja, as empresas que buscam inovar em seus produtos e processos devem investir: (i) na comunicação de valores e objetivos relacionados à inovação, (ii) em discussões que envolvam diferentes áreas e membros do negócio, considerando inclusive a possibilidade de interagir com agentes externos à empresa, e ainda, (iii) no estabelecimento de limites que especifiquem um campo de ação para os colaboradores, fornecendo foco e gerando condições para que as ações pretendidas sejam desenvolvidas. Os achados também confirmam que o setor econômico influencia a inovação tecnológica. Não foram obtidas evidências empíricas que suportem a hipótese de que a liderança transacional seja um antecedente da definição de uso dos sistemas diagnóstico e de restrições. Esperava-se que a liderança transacional tivesse influência, de alguma forma, sobre tais sistemas pelo fato de suas propostas serem condizentes com uma perspectiva de gestão mais rígida. Contudo, para a amostra analisada, isso não foi confirmado. A hipótese de que a definição de uso do sistema de controle diagnóstico influencia positivamente a inovação tecnológica também não foi confirmada, sugerindo que a inovação não está plenamente integrada ao SCG das organizações pesquisadas. Este achado indica que as empresas precisam melhorar seus modelos de gestão para que possam formalizar metas e objetivos específicos sobre inovação e identificar desvios em relação à estratégia pretendida. Em síntese, esta pesquisa expande o conhecimento sobre controle gerencial indicando as formas que as organizações fazem uso do SCG para promover a inovação e obter renovação estratégica.