Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vilhena, Mario Cesar Marques Gemaque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2140/tde-31072020-083830/
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Resumo: |
Este trabalho aborda a questão da proteção do conhecimento tradicional dos povos indígenas no Brasil e Adivasis na Índia, a distinção do conhecimento tradicional e do conhecimento científico. Partimos do debate que surge a partir da expansão colonial européia nas Américas e na Ásia que tornam o conhecimento tradicional periférico. Os grupos indígenas e comunidades tradicionais vivem em estreita interação com seu ambiente natural. Baseados em experiências seculares, eles aprenderam como fazer uso da biodiversidade local, a fim de lidar com as necessidades diárias. Nos casos aqui analisados, suas experiências são incorporadas em um contexto de práticas socioculturais complexas que estão intimamente associadas com a cosmologia, convicções epistemológicas e transcendentais. Leis costumeiras regulamentam o acesso, transmissão e difusão do conhecimento dentro das comunidades Tradicionais. Verificamos casos em que comunidades locais tentam manter seu conhecimento em segredo, uma vez que o consideram sagrado e, portanto, inalienável. Verificamos ainda, outros casos, em que não permitem ma exploração comercial de seus conhecimentos, devido ao seu significado espiritual. Geralmente, indígenas e comunidades locais insistem em seu direito de decidir por si mesmos e estabelecem as condições sob as quais, se for o caso, eles estão dispostos a divulgar seu conhecimento. Este trabalho tem o objetivo de abordar a proteção do conhecimento tradicional no Brasil e na Índia, tratando das comunidades locais e os mecanismos de proteção do conhecimento. Enfoca, ainda, o tratamento da questão nos fóruns internacionais como a Organização Mundial de Propriedade Intelectual - OMPI, e do Comércio OMC , além de outras legislações como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT e Convenção da Biodiversidade. Assim, a oposição entre o sistema de proteção de propriedade intelectual e proteção da Biodiversidade evidenciam a dificuldade e limitação do ordenamento jurídico e do sistema universal do direito para proteção do conhecimento tradicional no âmbito internacional e nos Estados do Brasil e da Índia. |