Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Maria Fernanda Muzetti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-14052020-091828/
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Resumo: |
Apesar da conscientização dos riscos pelo consumo de drogas, ainda se observa o aumento de seus usuários anualmente. O surgimento constante de novas drogas contribui, não só, para esse aumento, como também, para a dificuldade na identificação adequada das mesmas pela polícia científica. As drogas alucinógenas, apesar de serem consumidas em menores quantidades em relação às outras, ainda são muito procuradas entre os jovens, sendo observado o aumento no seu consumo desde 2011. Novas substâncias psicoativas, como derivados da N-benzil-fenetilamina substituída (NBOMe), estão sendo sintetizadas e vendidas como se fossem a dietilamida do ácido lisérgico (LSD), devido à sua capacidade em simular os efeitos psicotrópicos. Apesar de ser um clássico dos anos 60, o LSD ainda é considerado o alucinógeno mais potente com relação à sua dose, cerca de 50 µg para se obter o efeito desejado. Devido à similaridade entre essas substâncias, há uma grande preocupação com relação à sua identificação. Para isso, a polícia científica faz uso de equipamentos cromatográficos, acoplados ou não, a espectrômetros de massas. A alta sensibilidade e seletividades desses equipamentos costumam apresentar elevado custo operacional, devido à necessidade de solventes e reagentes de alta pureza, destreza em seu manuseio, além de ocupar um grande espaço dentro dos laboratórios, por serem equipamentos de bancada. Como alternativa, as técnicas eletroanalíticas chamam a atenção devido à sua facilidade de manuseio, equipamentos portáteis e de baixo custo, bem como sensibilidade e seletividade comparáveis com as técnicas cromatográficas. A grande preocupação atual com o meio ambiente reflete diretamente no desenvolvimento de materiais e métodos ambientalmente sustentáveis. Com isso, a utilização de eletrodos a base de papel vem aumentado nos últimos anos, devido à sua biodegradabilidade e baixo custo. Este trabalho, conta com o desenvolvimento de um eletrodo de papel, pintado com lápis para desenho e tinta de prata, capaz de obter resultados similares àqueles obtidos para os eletrodos já comercializados à base de carbono, como o carbono vítreo, pasta de carbono e o eletrodo impresso de carbono. Através de técnicas eletroanalíticas, como a voltametria cíclica e de onda quadrada, foi possível analisar o LSD, utilizando-se esses eletrodos, em soluções eletródicas compostas por sais de cloretos e percloratos, ou seja, com materiais de fácil acesso pela polícia científica. Com faixa linear de 1,02 a 10,79 µmol/L e limites de detecção e quantificação de 0,38 e 1,27 µmol/L-1, respectivamente, para a voltametria de onda quadrada, o eletrodo de papel se mostrou promissor para identificação e quantificação do LSD, assim como análise de amostras apreendidas da droga. A diferenciação entre a resposta voltamétrica do LSD e de outras drogas, como o 25H-NBOMe e o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), reforça ainda mais a aplicabilidade destes métodos no âmbito forense. |