Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Cais, Daiane Patricia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-14082009-095449/
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Resumo: |
Introdução: Os procedimentos hemodialíticos para a correção da lesão renal têm a infecção como principal complicação. Em pacientes com lesão renal crônica (LRC), submetidos à hemodiálise em centros especializados, a infecção da corrente sanguínea (ICS) comprovadamente é a mais importante. Para pacientes críticos, com lesão renal aguda (LRA), internados em unidades de terapia intensiva (UTI), a literatura é escassa. Nesta população, as infecções relacionadas ao procedimento são de difícil avaliação devido à gravidade do paciente e aos inúmeros procedimentos invasivos a que são submetidos. Objetivos: analisar as infecções hospitalares em cardiopatas com LRA ou LRC agudizada submetidos a procedimento hemodialítico, em uma UTI, verificar se a ICS é a principal topografia infecciosa e identificar fatores de risco para o desenvolvimento de ICS associados ao procedimento hemodialítico. Métodos: Estudo de coorte prospectivo (12 meses), envolvendo 101 pacientes internados em uma UTI do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, submetidos a procedimento hemodialítico por meio do cateter temporário, sem cuff, para hemodiálise. Utilizou-se o critério proposto pelos Centers for Disease Control and Prevention para definição de ICS e das demais infecções hospitalares. Os dados coletados foram digitados no programa Statistical Package for Social Sciences e o nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%. Aplicou-se o teste de Mann-Whitney para comparar os pacientes com e sem ICS, o teste do Qui-quadrado para verificar associações da ICS com fatores de risco relacionados ao procedimento e a Distribuição de Poisson para a comparação das taxas de infecção entre os pacientes do estudo e a população geral da UTI. Resultados: Não houve diferença entre os grupos com e sem ICS em relação a sexo, idade, tempo de internação, diabetes, hipertensão, presença de outro cateter central, tipo de lesão renal, gravidade e infecção no início do procedimento. A ICS foi a topografia mais frequente, acometendo 13 (12,9%) pacientes, com densidade de incidência (DI) de 11,4 por mil pacientes-dia. O principal microrganismo isolado foi o Staphylococcus aureus resistente à oxacilina. Não foi encontrada associação entre ICS e tipo de procedimento, anticoagulação, solução preparada na beira do leito, número e tempo de conexão à máquina, embora a maior proporção de pacientes com ICS tenha sido submetida a mais de quatro conexões e tempo de conexão à máquina > 48 horas. As DI de ICS, pneumonia, infecção urinária e traqueobronquite foram maiores nos pacientes submetidos a procedimento hemodialítico quando comparados aos outros pacientes da UTI, embora a diferença não tenha sido significativa. Conclusão: A ICS foi a topografia mais frequente nesta população e não esteve associada ao procedimento hemodialítico. O pequeno número de pacientes com ICS pode ter comprometido a identificação de fatores de risco associados ao procedimento. Os resultados encontrados indicam que as principais estratégias para prevenção da ICS nesta população continuam a ser aquelas direcionadas à qualidade do cuidado com o acesso e com o procedimento |