Análise da variabilidade genética e imunoinformática da glicosiltransferase de Ureaplasma diversum e sua relação com a constituição, antigenicidade e imunogenicidade do polissacarídeo capsular.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rezende, Izadora de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-04032022-172441/
Resumo: A economia do setor agro-industrial está diretamente relacionada à saúde dos rebanhos. A ocorrência de infertilidade, pode ser causada por micoplasmas e ureaplasmas, e pode levar a prejuízos. Ureaplasma diversum pode causar infecções e ativar a resposta imune e ativação de TLRs (Toll Like Receptors), bem como maturação de citocinas pró-inflamatórias. O recente sequenciamento do genoma de Ureaplasma diversum, permitiu aprimorar a compreensão da biologia molecular destas infecções e ampliar as possibilidades de desenvolvimento de novas alternativas diagnósticas e de prevenção. O objetivo deste estudo é avaliar a variabilidade genética e imunoinformática do gene da glicosiltransferase de U. diversum e sua relação com a constituição e antigenicidade e imunogenicidade do polissacarídeo capsular. Para tanto foi utilizada a cepa de referência de U. diversum ATCC 49782 e 52 isolados de swab vulvovaginal de bovinos. Foi realizada PCR para identificação do gene UD216, codificador da glicosiltransferase. Os amplicons foram sequenciados e construída uma árvore filogenética. As sequencias foram analisadas por meio de técnicas de bioinformática para predição de antigenicidade e características para expressão heteróloga. As análises de imuno e antigenicidade foram realizadas com cultura de PBMC bovinos. O ensaio de linfoproliferação foi feito por CFSE. Camundongos Balb/c foram usados para a produção de anticorpos policlonais. Foi avaliada a expressão gênica por qPCR de IL-1&#946, TNF-&#945, TLR2, TLR4 e iNOS. O nitrito foi dosado pelo método de Griess. Após a realização de PCR dos 52 isolados de U. diversum, 69% (n=36) foram positivas para o gene UD216, distribuidas nos diferentes estados brasileiros de coleta. Com o sequenciamento, as amostras formaram grupos de acordo com a proximidade gênica entre elas, compreendendo amostras coletadas em um mesmo lugar. As predições por bioinformática informaram que a sequência codificante do gene UD216 não possui características de antigenicidade mas tem capacidade de ligação a alelos de MHCI. As variações na sequencia e na composição de açúcares podem relacionar com mecanismos de variação antigênica e de escape a resposta imune. A presença do polissacarídeo capsular não induziu proliferação linfocitária em PBMC bovinos nem anticorpos específicos em camundongos. A expressão gênica de marcadores inflamatórios foi discreta, mas houve o aumento do nitrito nas culturas após a exposição ao CPS. Com os resultados obtidos será possível fomentar a discussão da importância e relevância do polissacarídeo capsular nas infecções por U. diversum, na reprodução e bovinocultura no cenário brasileiro e dar base para o desenvolvimento de ensaios diagnósticos e terapias mais eficientes.