Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ricardo Cotta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-163650/
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Resumo: |
Apesar da carne suína ser a proteína animal mais consumida mundialmente, no Brasil, a história é um pouco diferente. Mesmo apresentando aparentes vantagens comparativas em nível internacional, a produção e o consumo nacional permanecem estagnados há vários anos. A partir desta problemática de visível falta de competitividade, tentou-se identificar os gargalos econômicos no sistema e sugerir mudanças a fim de reverter esta situação. Identificou-se que é na comercialização que se centralizam os influenciadores negativos do sistema, podendo estes serem subdivididos em relação ao preço-ou-não da carne suína. Para justificar a hipótese referente à questão não-preço, buscou-se na Nova Economia Institucional, com respaldo teórico de análise das relações contratuais entre produtores e indústrias. Já com a referência à questão preço, a teoria de margens de comercialização conseguiu suprir com eficiência os questionamentos. Chegou-se à conclusão de que alguns ajustes deveriam ser feitos nos arranjos contratuais entre produtores e indústrias a fim de melhorar a coordenação do sistema, minimizando custos de transação e ganhando competitividade. Provou-se que, devido à diversificação dos modos de criação e perfil dos produtores nas diversas regiões brasileiras, o ativo suíno apresenta-se mais específico em determinadas localidades do que em outras. Com a carência de abatedouros de suínos no Estado do Mato Grosso, a solução encontrada para aqueles produtores foi integrarem-se verticalmente, unindo-se e fazendo seus próprios frigoríficos. Para os atuais praticantes do livre mercado, concentrados na Região Sudeste, algum tipo de contrato de longo prazo de fornecimento de cevados terminados seria justificável para minimizar as oscilações mercadológicas. Por outro lado, observou-se que o sistema de "quase-integração" praticado no sul do país deveria perder um pouco sua rigidez por ser de elevado custo para as empresas e de pouca autonomia para os produtores. No que tange á questão relativa aos preços, verificou-se que estes são sempre mais elevados para a carne suína se comparada com suas duas concorrentes mais próximas (bovina e de frango). Quando feitos os cálculos das margens de comercialização, observou-se que o problema encontra-se no setor varejista. Mesmo sabendo que a maior parte das margens é determinada nesta fase, verificou-se que comparativamente esta se apresenta em um patamar bastante superior ao das outras carnes, assim contribuindo para justificar a referida estagnação de consumo. Outros problemas no sistema foram identificados e citados no texto, mas acredita-se que, em se tratando de questões econômicas, as duas hipóteses destacadas são as mais relevantes. Espera-se ainda que esta dissertação possa contribuir para uma melhor compreensão destes entraves, além de auxiliar os agentes atuantes no setor a encontrarem alternativas para melhorar a competitividade do sistema agroindustrial suinícola nacional. |