"Café, finanças e bancos: uma análise do sistema financeiro da zona da Mata de Minas Gerais (1889-1930).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Pires, Anderson José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-02032006-172255/
Resumo: Este trabalho procura demonstrar a existência de um espaço econômico próprio e diferenciado que se organizou na economia cafeeira da zona da Mata de Minas no final do século XIX e início do século XX. Seu ponto de partida principal é a demonstração de que a partir de sua evolução estrutural interna, esta economia sofreu um importante processo de diversificação setorial de natureza urbano-industrial induzido fundamentalmente pela capacidade de dinâmica do seu setor agrícola voltado para o mercado externo. Dessa forma, a economia regional da Mata mineira se viu, no final do processo, dotada de uma economia extremamente diversificada e que tinha no setor industrial um dos seus componentes estruturais mais importantes. Além disso, deve ser lembrado que esta mesma economia, baseada no referido processo, conseguiu reunir as condições mais importantes para efetivar o movimento de transformação capitalista que caracterizou a economia brasileira no mesmo período. Outro aspecto importante da análise é o destaque dado às condições de financiamento para que este processo de transformação estrutural pudesse se dar. Partindo da demonstração da existência de um espaço financeiro na economia local, evidencia-se todo um universo de agentes, instituições e mercados que desempenharam uma função básica no interior do referido processo, permitindo a retenção e canalização de formas de poupanças locais nas infinitas oportunidades de investimentos gerados pela própria diversificação da economia local. Criava-se, assim, um circuito financeiro que envolveu a internalização dos fluxos financeiros gerados no interior da economia, das suas condições de oferta e procura por recursos monetários, a transferência intersetorial de recursos entre outro tantos componentes que permitem sua delimitação como espaço próprio.