Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Zelita Aparecida de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-20082024-163344/
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Resumo: |
A esclerose sistêmica (ES) é uma doença crônica do tecido conjuntivo caracterizada por vasculopatia proliferativa, reatividade imunológica e fibrose da pele e órgãos internos. A excessiva deposição de colágeno é a característica mais marcante na patogênese da ES. Estudos recentes do nosso grupo revelaram que, nos estágios iniciais da doença, ocorre distorção do padrão fibrilar da pele, aumento da síntese de colágeno V (Col V) e da expressão dos genes COLVA1 e COLVA2, correlacionados com a atividade da doença. O mecanismo pelo qual o Col V potencializa a reatividade autoimune e a produção de colágeno, resultando em fibrose anômala, ainda não é conhecido. Considerando que modelos animais são recursos valiosos para investigar os mecanismos da doença, nossa proposta neste estudo foi avaliar a constituição e o desenvolvimento da fibrose cutânea no modelo no modelo IMU-COLV em camundongos C57BL/6, após 15, 30, 45 e 120 dias de imunização e caracterizar a fibrilogênese após a ativação de fibroblastos com Col V in vitro. Para o estudo in vivo foi estabelecido os grupos imunizados com Col V (IMU-COLV) por 15, 30, 45 e 120 dias após a primeira imunização. Foram realizadas análises morfológica, histomorfométrica e imunohistoquimica para -actina do músculo liso (-AML), vimentina, VEGF e caspase-3, dosagem bioquímica da 4-hidroxiprolina, imunofluorescência (IF) para colágeno I/III/V e expressão gênica por qRT-PCR. Ainda, no estudo in vitro, foram analisados a expressão do colágeno I/III/V e -AML em fibroblastos dérmicos estimulados com Col V. Após a indução da ES, observou-se aumento significativo do espessamento da derme entre os grupos IMU-COLV 15 e 45 dias e aumento de Col I e III no grupo IMU-COLV 120 dias. O aumento de Col V foi significativo nos grupos IMU-COLV 45 e 120 dias, assim como a quantidade aumentada da 4-hidroxiprolina no grupo IMU-COLV 45 dias. Houve aumento de células positivas para VEGF+ e caspase-3+ na derme dos grupos IMU-COLV 45 e 120 dias, e aumento de células positivas para -AML+ na derme dos animais do grupo IMU-COLV 120 dias, enquanto a positividade para vimentina não foi significativa entre os grupos estudados. Os genes Col1a1 e Col3a1 não apresentaram diferença significativa entre os grupos, mas Col5a1 e Col5a2 tiveram maior expressão no grupo IMU-COLV 15 dias. Adicionalmente, detectou-se positividade para o Fator Antinuclear (FAN) nos soros dos animais a partir de 30 dias após a imunizações. Por outro lado, in vitro, fibroblastos dérmicos estimulados com Col V mostraram fibrilogênese alterada e aumento da expressão de Col I, Col III, Col V e -AML. Portanto, esse estudo mostrou que o modelo IMU-COLV desenvolve uma fibrose na pele após 45 dias de imunização constituída de Col I, III e grandes quantidades de Col V. Esse estudo sugere que essa alteração na proporção fibrilar pode ser resultante não só pelos mecanismos de ativação das proteínas da matriz, como o Col V, mas também pela reatividade imunológica, levando a diferenciação dos fibroblastos e consequentemente alterando a produção de colágeno, que é a principal característica da ES |