Capital social e saúde bucal: contribuição de programa socioeducativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Moreira Júnior, Jair de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-08052012-160431/
Resumo: O entendimento dos determinantes sociais, valorizando não somente as condições biológicas é fundamental para efetivar a promoção da saúde. Desta forma, nos deparamos com a abordagem do Capital Social que valoriza as relações entre a saúde, as desigualdades nas condições de vida e o grau de desenvolvimento da trama de vínculos e associações entre indivíduos e grupos. Partindo do pressuposto de que o ambiente escolar é um meio apropriado para a promoção da saúde, já que pode oferecer uma estrutura mais suportiva um programa socioeducativo, decerto que pode contribuir para a formação das crianças dentro de um contexto de qualidade de vida. Sendo assim, o estudo analisa a contribuição de um programa socioeducativo desenvolvido em algumas Unidades do SESC no Estado de São Paulo na saúde bucal das crianças participantes. Para a análise do impacto bucal nas atividades diárias das crianças, foi aplicado um questionário (OIDP-Infantil) adaptado que considera a qualidade de vida, como uma variável importante dos indicadores clínicos. No estudo foi aplicado também, um questionário aos educadores que acompanham o programa, com a finalidade de verificar as atitudes e o nível de conhecimento em saúde bucal. O pesquisador responsável pelo estudo compareceu nas Unidades Operacionais para a aplicação dos questionários a todos os envolvidos no estudo (620 crianças e 60 educadores). Os resultados mostraram que os impactos bucais mais prevalentes nas atividades diárias ocorreram durante a alimentação, seguido de higiene bucal e de alteração que tivesse afetado o estado emocional. Quando os impactos bucais foram associados com as Unidades Operacionais classificadas com menor Capital Social, os dados foram estatisticamente significantes durante a alimentação, ao falar, durante a higiene bucal, no estado emocional e no contato com outras crianças. O reconhecimento da importância da participação das crianças, durante o desenvolvimento, em estrutura que proporcione um suporte adequado, com um acompanhamento de educadores capacitados para a formação do Capital Social, reforça a proposta, no entanto, iniciativas com a finalidade de aperfeiçoar os conhecimentos em saúde bucal, incluindo esta pauta no currículo do programa, pode contribuir para efetivar um trabalho em parceria, possibilitando um desenvolvimento saudável, com mais qualidade na vida das crianças participantes.