Mudanças climáticas na agricultura e migrações internas no Brasil

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Barbosa, William
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Climate Change; Equilíbrio Geral; General Equilibrium; Gravity Model; Migração; Migration; Modelo Gravitacional; Mudanças Climáticas
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20052021-141827/

Esta tese busca analisar a relação entre migração e mudanças climáticas no contexto brasileiro. Para tanto, desenvolveu-se o estudo em dois ensaios. No primeiro artigo, por meio da aplicação de um modelo gravitacional com a técnica de dados em painel de contagem, buscou-se identificar os principais determinantes e os seus impactos nos fluxos migratórios com base nos dados da PNAD de 2001 a 2015. Como resultados, este primeiro capítulo revelou uma reversão dos fluxos migratórios que, historicamente, ocorriam dos estados do Nordeste para o Sudeste, ao passo que no período estudado, as migrações acontecem do estado de São Paulo em direção ao Nordeste. Os resultados econométricos apontaram que os diferenciais regionais de rendimento e temperatura média, assim como os fatores geográficos, afetam significativamente os fluxos migratórios. O segundo artigo objetivou analisar os impactos das mudanças climáticas na agricultura sobre a economia regional e nas migrações. Para esta análise, aplicou-se um modelo de equilíbrio geral computável -TERM-BR a dois cenários de mudanças climáticas até 2040, o intermediário RCP 4.5 e pessimista RCP 8.5. Como principais resultados, tem-se que, além de uma queda na produção e PIB real para a maioria das regiões, também há impacto negativo no salário real para a parcela da população mais pobre, especificamente, para indivíduos com rendimentos até dois salários-mínimos. Em decorrência ao resultado positivo que o Paraná teve em termos de salário real, verificou-se uma nova dinâmica migracional, em que ao invés do fluxo observado no primeiro capítulo de 2001 a 2015, agora as migrações se destinariam a este estado. Por outro lado, dentre as principais origens estão os estados da Região Norte e Nordeste.