Análise da sustentabilidade da política fiscal brasileira através da história: um exercício de cliometria de Dom Pedro I a Lula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gamboa, Ulisses Monteiro Ruiz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-06062023-153206/
Resumo: O presente trabalho testa a sustentabilidade da política fiscal brasileira através de sua história como Nação independente (1823-2004), utilizando testes de cointegração. Devido a que a amostra cobre um período muito amplo, marcado por grandes mudanças políticas, econômicas e institucionais, foram realizados testes recursivos para testar a constância do posto de cointegração. Inicialmente, o modelo tradicional de restrição orçamentária intertemporal (Modelo da Equivalência Ricardiana) foi suposto para testar a cointegração entre gasto público e arrecadação fiscal. Contudo, a presença de constantes situações de default e renegociações da dívida pública interna e externa, ao longo do período republicano, sugere um modelo alternativo, no qual a sustentabilidade da política fiscal é alcançada a partir do repúdio à dívida (Modelo da Nova Equivalência Ricardiana). Os testes de cointegração baseados nesse modelo alternativo incluem dummies para cada período de default ou renegociação da dívida pública (dummies de default). Como conclusão, poder-se-ia postular que a política fiscal implementada no Brasil durante quase toda sua história como Nação independente, oscila entre períodos de autêntica sustentabilidade (Brasil-Império) e momentos em que a sustentabilidade fiscal foi alcançada a partir do default ou renegociação da dívida (período republicano de 1889 a 1943 e de 1965 a 1993) ou utilizando senhoriagem (período republicano de 1944 a 1982).