Análise da viabilidade de geração elétrica em sistemas isolados da Amazônia: estimativa de impactos ambientais e sociais do biogás como fonte de energia.

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Miranda, Denis da Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Amazon; Biogas; Biogás; Ciclo de vida (Avaliação); Energia renovável; Life Cycle Assessment (LCA); Meio ambiente; Renewable energy; Sociedade; Socio-environmental assessment
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-26042023-140414/

Por meio da aplicação da metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida, este trabalho buscou quantificar prospectivamente os impactos causados pela geração de energia elétrica de fonte renovável para populações em três municípios da Amazônia brasileira isolados do Sistema Interligado Nacional (SIN) e com potencial para uso de resíduos da atividade agropecuária. A primeira etapa do trabalho buscou dimensionar uma planta de produção de biogás que considerasse a demanda elétrica local, a quantidade de resíduo da agropecuária disponíveis na região e as tecnologias implementadas no mundo para o bom funcionamento de uma planta de digestão anaeróbia. Variáveis-chave do processo foram selecionadas, em uma segunda etapa, para avaliação dos possíveis impactos ambientais causados pela operação das usinas elétricas a biogás. O intuito foi de comparar o abastecimento renovável em relação ao atual abastecimento de energia a óleo diesel e a conexão com o SIN em três categorias de impacto ambiental. Todos os cenários descritos pela geração a biogás se mostraram favoráveis do ponto de vista das emissões equivalentes de carbono e demanda primária de energia em comparação com a geração elétrica a partir de óleo diesel, porém na categoria de ecotoxicidade em água, melhorias nos processos precisam ser implementadas para que os cenários alternativos se tornem mais interessantes. A última etapa do trabalho foi a medida de uma dimensão social que justificasse o abastecimento elétrico a partir de biogás ou diesel. Assim, a atenção foi voltada para a qualidade de vida dos trabalhadores responsáveis pela operação das usinas elétricas. Um indicador análogo ao Índice de Desenvolvimento Humano foi escolhido para esse fim e mostrou que, mesmo envolvendo mais trabalhadores rurais e de baixa qualificação que a operação de usinas a diesel, a usina a biogás não apresentou perdas significativas na qualidade de vida dos trabalhadores e ainda apontou um potencial de maior inclusão da população local nas cadeias de valor.