Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Thairís Gomes dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-19072023-153632/
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Resumo: |
As análises fitolíticas em Latossolos tem contribuído para a reconstituição de seu ambiente de formação a partir de inferências sobre paleovegetação e paleoclima de diferentes ecossistemas das regiões brasileiras que apresentam esses solos. Entretanto, um dos processos mais importantes na formação dos Latossolos é a bioturbação que, pode interferir diretamente no estado natural de sedimentação das partículas de fitólitos. Este estudo objetiva avaliar a influência da fauna do solo na distribuição de fitólitos (Si biogênica), na composição da assembleia fitolítica e suas possíveis interferências na reconstituição paleoambiental. Para um melhor protocolo de extração foram testados dois métodos de remoção de argila em dois perfis de Latossolos férricos (P1 e P3) muito argilosos (>70% de argila) derivados de basalto localizados no estado do Paraná. Teste 1: Dispersão mecânica lenta por 16 horas e uso de uma solução alcalina. Teste 2: Procedimento padrão para extração de fitólitos. As amostras foram coletadas de 10 em 10 cm, da base ao topo dos perfis. Para as análises fitolíticas e extração dos fitólitos, foram realizadas as seguintes etapas 1: Remoção de todos os recobrimentos da amostra de solo (MOS, óxidos de ferro e argila pelo Teste 2). 2: Separação dos fitólitos, por densitometria. 3: Contagem, identificação e interpretação. Quanto à efetividade do método utilizado para remoção da argila o teste 1 se mostrou mais agressivo aos fitólitos, apresentando maior proporção de formas tafonomizadas. A análise da assembleia de fitólitos dos dois perfis indicou uma tendência de redução de quantidade e de diversidade dos fitólitos classificados assim como o aumento daqueles tafonomizados em profundidade. As zonas com maiores níveis de bioturbação estão associadas às zonas de maiores contagens dos morfotipos tafonomizados, sobretudo no P3. Apesar da atividade da fauna, foi possível esboçar uma linha evolutiva para a reconstituição paleoambiental por meio da assinatura fitolítica e correlacionar com diferentes comportamentos da biota do solo. Em síntese, indica-se que o padrão de distribuição dos morfotipos tafonomizados está intimamente ligado à atividade da macro e mesofauna do solo. Além disto, os fitólitos se mostraram como bons marcadores ambientais em Latossolos, confirmando a hipótese de que a bioturbação, apesar de muito intensa, não ocasiona alteração significativas nas assembleias fitolíticas dos perfis, validando a técnica para estudos de reconstituição do ambiente nestes solos. |