Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Kaba, Shajadi Carlos Pardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-04112016-105710/
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Resumo: |
A artroscopia e a artrocentese são procedimentos considerados minimamente invasivos utilizados para o tratamento das disfunções temporomandibulares (DTM) e são métodos considerados intermediários entre a terapia conservadora e a cirurgia aberta da articulação temporomandibular (ATM). Apresentam como vantagem, em relação a cirurgia aberta, a pequena morbidade e o breve tempo de recuperação necessária aos pacientes. Desde o início do desenvolvimento da artroscopia esteve presente a preocupação com a possibilidade de danos a estruturas internas da ATM, com essa finalidade vários estudos em animais foram desenvolvidos evidenciando que realmente podem ocorrer lesões iatrogênicas as estruturas internas desencadeando processo degenerativo na articulação. A avaliação do mesmo potencial de lesão para artrocentese não existe, assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o trauma operatório da artrocentese comparativamente a artroscopia aos tecidos da ATM em suínos. Realizou-se experimento em vinte ATM de dez cabeças de suínos sendo seis artroscopias; seis artrocenteses e oito ATM utilizadas como controle. Após a realização dos procedimentos as ATM foram cuidadosamente dissecadas, examinadas e fotografadas com registro de alterações traumáticas ao disco articular e as fibrocartilagens da fossa articular e da cabeça da mandíbula. As imagens das estruturas foram analisadas por outro examinador que não tinha conhecimento prévio de qual procedimento havia sido realizado em cada ATM classificando as lesões de acordo com o número e localidade em: ausente (sem alteração visível); leve (descolamento de fibrocartilagem da fossa ou cabeça da mandíbula isoladas e únicas), moderado (perfurações do disco e mais de um descolamento de fibrocartilagem da fossa ou cabeça da mandíbula) e severo (lacerações do disco e lesões múltiplas em mais de uma estrutura). Os dados também foram classificados em ausente e presente para uma comparação direta. Foi realizada análise estatística dos dados. No grupo controle ocorreram danos em duas das oito ATM durante a dissecção, que apresentaram características distintas das lesões constatadas após os procedimentos, nas outras seis nenhuma alteração traumática pode ser evidenciada. No grupo submetido a artrocentese os danos foram ausentes, leves e moderados em 16.7% respectivamente e severos em 50% da amostra. No grupo submetido a artroscopia ocorreram danos moderados em 66.7%, severos em 16.7%, ausentes em 16.7% e não ocorreram danos leves. Em ambos os grupos foram evidenciadas a presença de lesões em 83.3% das amostras. Apesar de não haver diferença estatisticamente significativa entre os danos verificados, em uma análise direta, a severidade das lesões constatadas após artrocentese foi maior. Conclui-se que a artrocentese e a artroscopia não são isentas de morbidade aos tecidos articulares e independentemente de serem procedimentos considerados minimamente invasivos não se pode desprezar o potencial de danos as superfícies articulares. |