Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Canato, Pamella de Cicco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100138/tde-05112017-141201/
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Resumo: |
O principal objetivo desta dissertação foi analisar a conformação e as características de arranjos intersetoriais, desde a formulação até a implementação dos projetos, considerando o papel dos atores estatais e da sociedade civil e suas relações como dimensões integrantes do estudo. A fim de superar as abordagens normativas em torno da intersetorialidade, analisamos empiricamente dois casos: o projeto Oficina Boracea, cuja análise foi dividida em momento inicial de implementação (T0 2002/2004) e momento atual (T1 2007/2016); e o Programa De Braços Abertos (DBA), desde sua formulação, em 2013, até 2016. Inscritos em contextos e tempos diferentes, ambos foram desenvolvidos pela Prefeitura de São Paulo enquanto experiências inaugurais de acolhida e atenção à população em situação de rua, embora atendam públicos em situações de vulnerabilidade social com nuances distintas. Por meio da metodologia de análise de redes sociais, o trabalho aqui realizado investigou a dinâmica relacional entre os atores e como essas relações estabelecidas ajudaram a definir padrões de intersetorialidade distintos. Em linhas gerais, observamos os fatores que influenciaram a consolidação de três arranjos de intersetorialidade. No caso do Boracea T0, os arranjos intersetorial e de governança apresentaram um claro destaque da pasta de assistência social e de organizações da sociedade civil (OSCs) conveniadas, bem como uma articulação efetiva com a saúde e relações pontuais com outros setores. No Boracea T1 observamos uma intensa articulação entre agentes implementadores das OSCs da assistência social e da saúde, porém com dificuldades para chegar ao alto escalão e influenciar em decisões mais estruturantes. Já no DBA, o arranjo observado envolveu a efetiva articulação de cinco setores de governo e OSCs, com fluxos bem definidos entre os três escalões burocráticos envolvidos. Desse modo, verificamos empiricamente que a intersetorialidade, mais do que um modelo de gestão bem formulado, é produto de interações cotidianas, sendo permeada por combinações distintas de fatores que definem a efetivação de arranjos diversos |