Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Auip, Marie Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-29112022-115532/
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Resumo: |
Esta dissertação propõe entrelaçamentos entre as teorias feministas e a criação artística participativa com o objeto de analisar e discutir sobre a potência das produções artísticas entre mulheres. Para isto a cartografia participativa Mulheres do Mar, realizada em Fortaleza/CE entre 2019 e 2021, é tomada como campo de investigação, possuindo como foco recolher repertórios, conceito proposto por Diana Taylor (2013), que se contrapõem à memória arquival perpetuada por Iracema, obra publicada em 1865 pelo cearense José de Alencar. Neste sentido, em residências artísticas realizadas com mulheres de diversos territórios da cidade, criamos uma série de performances e materialidades a partir do relato autobiográfico de cada uma, que se desdobraram em uma Instalação Performativa nas areias da Praia de Iracema, um site de exposição e a publicação de um livro. A dissertação é composta por duas partes. Na primeira, busco um esclarecimento acerca da participação das mulheres em um âmbito histórico-social através das discussões sobre o processo de colonização em diálogo com as teóricas feministas Silvia Federici (2017), Aura Cumes (2019), Yuderkys Espinosa Miñoso (2017) e Françoise Vergès (2020). No campo estético-politico abordo as questões de participação através dos estudos sobre arte participativa de Claire Bishop (2012), cenários liminares de Ileana Diéguez (2011), estética do performativo de Erika Fischer-Lichte (2019) em dialogo com obras de Regina José Galindo (Guatemala), LASTESIS (Chile) e Renata Felinto (São Paulo). Na segunda parte realizo a análise do projeto Mulheres do Mar que incluem; a apresentação de singularidades dos contextos urbanos da orla de Fortaleza, abordagens metodológicas do processo de residências e análise das performances e materialidades que foram produzidas durante o projeto. Através de entrevista com a artista Priscilla Toscano (São Paulo), levantamento de vídeos e entrevistas com as participantes, procuro compreender as intersecções entre essas obras e os discursos feministas, incluindo neste momento, os pensamentos de Sueli Carneiro (1995) e Grada Kilomba (2019). A título de conclusão, compreendo as práticas participativas como espaço de atuação que podem gerar discussões acerca de novos modos de visibilidade, além das impostas pelas transmissões arquivais patriarcais. |