Estudo piloto do impacto da terapia antiproliferativa com everolimus administrado por via oral na diminuição de reestenose após implante de stent auto-expansível de nitinol para tratamento de lesões oclusivas da artéria femoral superficial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Carrillo, Luis Ramon Virgen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-08092009-132807/
Resumo: INTRODUÇÃO: A implantação de stent auto-expansível de nitinol para o tratamento das lesões oclusivas femoro-poplíteas tem sido associado com maus resultados a longo prazo. O everolimus administrado via oral para inibir reestenoses do stent foi investigado recentemente em animais com bons resultados, porém sua segurança e eficácia não têm sido estudada em seres humanos. O propósito deste estudo piloto foi avaliar o impacto da terapia antiproliferativa com everolimus administrado via oral por 28 dias na diminuição de reestenose após implante de stent auto-expansível de nitinol para tratamento de lesões oclusivas da artéria femoral superficial. MÉTODOS E RESULTADOS: Trinta e quatro pacientes foram recrutados para este estudo randomizado, prospectivo. O grupo que recebeu everolimus via oral foi constituído por 15 pacientes e o grupo que não recebeu medicação composto por 19 pacientes. As características basais e do procedimento foram similares entre os dois grupos. Todos os pacientes tinham isquemia crônica do membro inferior e oclusão da artéria femoral superficial (média da lesão de 83,14 mm no grupo sem medicação e 105 mm no grupo everolimus). O objetivo primário do estudo foi a redução da porcentagem média do diâmetro da reestenose intra-stent após seis meses da angioplastia avaliada por angiografia quantitativa. A porcentagem média do diâmetro das reestenoses foi 46,9% no grupo tratado com everolimus e 44,5% no grupo que não recebeu a medicação (p=0,81). Não foram observados efeitos colaterais graves nos grupos. No acompanhamento clínico aos 24 meses não houve diferenças significativas entre os grupos em relação a eventos clínicos. A patência primária, primária assistida e secundária em 24 meses, foi 42%, 74% e 79% no grupo sem medicação e 27%, 73% e 73% no grupo tratado com everolimus. CONCLUSÃO: O everolimus via oral por 28 dias em doses altas é seguro e bem tolerado, com baixo índice de efeitos colaterais, porém não é eficaz na redução da porcentagem média do diâmetro da reestenose intra-stent em pacientes com implante de stents auto-expansíveis de nitinol nas lesões oclusivas complexas da artéria femoral superficial.