Protocolo estruturado de fisioterapia respiratória para resolução de atelectasia em terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Camassuti, Patricia Aparecida da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-17052024-170702/
Resumo: Os pulmões em formação são predispostos à colapsos. As crianças apresentam maior risco de atelectasias devido às suas particularidades anatomofisiológicas. As intervenções utilizadas no tratamento da atelectasia pulmonar em crianças intubadas são limitadas e incluem fisioterapia respiratória. Diversas técnicas e intervenções de fisioterapia respiratória são utilizadas de rotina para o tratamento das atelectasias, mas existem apenas quatro estudos que citam métodos distintos de fisioterapia respiratória visando a resolução das atelectasias em pacientes pediátricos em ventilação mecânica invasiva (VMI). Por isso este estudo teve como objetivo principal avaliar a aplicação de um Protocolo Estruturado de Fisioterapia Respiratória (PEFR) para desobstrução de vias aéreas inferiores e reexpansão pulmonar para lactentes em VMI com diagnóstico clínico e de imagem de atelectasia pulmonar unilateral. Trata-se de estudo prospectivo incluindo 30 lactentes com média de 8,9 + 8,0 meses; 7,5 + 3,0 kg; IMC 15,8 + 1,6 Kg/cm2 e tempo de VMI 7,7 + 4,3 dias. A amostra foi randomizada em grupo controle (GC), submetido fisioterapia respiratória de rotina e grupo intervenção (GI), submetido ao PEFR (drenagem postural, vibração torácica mecânica, hiperinsuflação manual com bolsa auto inflável, alongamentos da musculatura respiratória acessória e posicionamento funcional). Ambos os grupos foram avaliados imediatamente antes e após a fisioterapia respiratória quanto ao esforço respiratório pelo escore Wood-Downes (WD) e quanto a aeração pulmonar pela ultrassonografia pulmonar (imagens classificadas pelo Lung Ultrasound Score - LUS). O resultado da intervenção foi avaliado pela magnitude do efeito pelo teste Hedgesg (interpretação: efeito pequeno (0,2 < Hedges g < 0,5), moderado ( 0,5 < Hedges g < 0,8) e grande (Hedges g > 0,8)); sendo: WD com um efeito importante na redução do escore no GC após a fisioterapia (Hedges g = -1,53) e um efeito maior no GI (Hedges g = -2,2). Quanto ao LUS houve efeito moderado na redução do escore no GC após a fisioterapia (Hedges g = -0,64) e um efeito muito maior no GI (Hedges g = -1,88). O PEFR parece ser seguro e pode ser eficaz na melhora da desobstrução das vias aéreas e da reexpansão pulmonar em crianças em VMI com atelectasia pulmonar unilateral