Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Neco, Lucia Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-18042018-153901/
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Resumo: |
No livro The Insect Societies, Wilson propôs categorias de socialidade que foram consideradas uma unificação histórica da terminologia no estudo do comportamento social. Desde então, muitos novos padrões comportamentais foram descritos, mas não podiam ser encaixados em nenhuma das categorias disponíveis, prejudicando o consenso em torno dessa classificação bem estabelecida. Novas classificações gerais tentaram contornar as limitações mostradas pela categorização de Wilson, mas com pouco sucesso. Entre as proposições, algumas mantêm a forma de categorização discreta usando características consideradas importantes pelos autores que as propuseram; outros avançam em um modelo quantitativo de caracterização da socialidade. A análise de Carnap sobre os tipos de conceitos em ciência pode nos ajudar a avançar nesta discussão. Sua distinção entre conceitos qualitativos (classificatórios e comparativos) e conceitos quantitativos é usada aqui como base epistemológica para analisar o desenvolvimento das mudanças conceituais e classificações de socialidade propostas. A abordagem de Carnap reforça a proposta de superar a dicotomia entre espécies sociais e sociais a favor de um modelo de gradientes de socialidade. Concluímos que uma nova métrica de socialidade deve ser construída, usando características que não são arbitrárias, mas sim evolutivamente significativas e que permita a comparação entre o comportamento social de todas as espécies. Nesse sentido, a análise de redes sociais tem sido usada para descrever a estrutura de diferentes sociedades, características da estrutura das redes são comparáveis entre grupos e espécies. Aranhas sociais se constituem como um ótimo objeto de estudo, pois apresentam diferentes níveis de socialidade em diferentes níveis taxonômicos. Nós, portanto, desenvolvemos uma abordagem de redes sociais para quantificar a socialidade em colônias de Anelosimus eximius e descrever sua estrutura. Somado a isso, e considerando que a divisão do trabalho é uma característica importante das espécies eussociais, nós testamos se os indivíduos nas colônias se especializam em tarefas e se organizam em grupos em diferentes contextos sociais. Além disso, avaliamos quais os efeitos do tamanho de grupo nesta organização social. Indivíduos de A. eximius apresentam uma organização em grupos nos diferentes contextos sociais, e as colônias apresentam uma baixa, porém significativa, taxa de especialização em tarefas. Os grupos variam entre contextos, mas são frequentemente similares em contextos ativos. Em colônias menores, os indivíduos não apresentam grupos consistentes, todos os individuos parecem necessários para as tarefas. Complexidade social definida como especialização e formação de grupos dentro da colônia parece ser uma métrica útil de socialidade, permitindo a comparação de uma gama de espécies. O tamanho dos grupos tem que ser levado em conta, porque indivíduos aparentam ser sensíveis às necessidades da colônia |