Avaliação hormonal sérica e estereológica da membrana corioalantóide a termo de éguas: influência no desenvolvimento e nos parâmetros clínicos e metabólicos do potro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Meirelles, Marcela Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-05122014-115855/
Resumo: Muitos fatores podem influenciar o desenvolvimento placentário e fetal na égua, dentre eles destaca-se a idade, a paridade e o porte materno. A produção de hormônios esteroides pela unidade feto-placentária também pode ser influenciada pela paridade e raça, porém não existem relatos prévios que relacionem os efeitos da idade da égua sobre a produção desses hormônios na gestação. Este trabalho conta com três objetivos principais: o primeiro investigou a influência do número de partos e da idade materna sobre a eficiência placentária e a biometria do potro ao nascimento, utilizando a análise estereológica da placenta a termo. O segundo determinou a influencia da biometria parental na macro e microscopia placentária e consequências para o desenvolvimento fetal e para o crescimento, comportamento e funções fisiológicas pós-natais. Por último foi avaliada a influência da idade e paridade materna, e da raça do potro sob a produção de estrógenos, progesterona e cortisol plasmáticos em éguas prenhes. Quarenta fêmeas gestantes foram categorizadas de acordo com a idade (Id1: 4 a 8 anos; Id2: 8 a 12 anos; Id3: ≥ 13 anos), a pluriparidade (Par1: nulíparas, Par 2: 1 a 3 partos; Par3: ≥ 4partos) e a raça do produto (MP: Mangalarga Paulista; BH: Brasileiro de Hipismo). As coletas de plasma foram realizadas semanalmente a partir do quinto mês de gestação até o termo, e a quantificação dos hormônios foi realizada pela técnica de Espectrometria de Massas. Os partos foram acompanhados a campo e dados do escore Apgar, comportamento e amostras sanguíneas para análise bioquímica dos potros foram coletados nas primeiras doze horas de vida. As membranas corioalantóides foram recolhidas após o delivramento, pesadas e fotografadas em escala. Foram coletados fragmentos correspondentes às regiões do corpo do útero, corno uterino gestante e corno uterino contralateral para análise estereológica. Parâmetros de crescimento dos neonatos foram comparados do nascimento até os dois anos de idade, assim como foram coletados dados da altura, peso e perímetro torácico materno e paterno. Não foram observadas diferenças significativas na quantificação de esteróides quando considerados os fatores número de partos e raça do produto para a categorização das fêmeas. As concentrações de estrógenos foram estatisticamente superiores no grupo Id2 em relação ao Id3, em alguns meses do período gestacional avaliado. Foi observado que a idade e a paridade materna influenciam o desenvolvimento dos microcotilédones e a densidade total de superfície dos vilos, bem como a vascularização e a composição tecidual das diferentes regiões da placenta, contribuindo de fato para uma maior área de contato materno-fetal e transferência de gases e nutrientes entre mãe e feto, culminando com o nascimento de potros mais altos, mais pesados e com maior circunferência torácica. O porte paterno, e principalmente o materno, influenciou o desenvolvimento das vilosidades fetais e a área de superfície de contato materno-fetal, com efeito positivo no desenvolvimento e no crescimento fetal, resultando no nascimento de potros com melhores respostas adaptativas e metabólicas. Também destaca-se que o período de vida intrauterino foi determinante para a taxa de crescimento pós-natal até os 24 meses de vida.