Resumo: |
Pontuando que o historiador encontra-se em seu tempo histórico devido sua própria condição humana e que no presente pulsam as contradições e as possibilidades de compreensão do passado, a inquietação que move esta pesquisa conjuga o desejo da contribuição historiográfica à reflexão sobre questões que ecoam na contemporaneidade, na busca por revelar movimentos de ruptura e permanência inseridos no processo histórico-social das políticas de saúde pública paulistas, trazendo à baila singularidades regionais. Para tanto, a pesquisa propõe-se à construção de História Local sobre a epidemia de Gripe Espanhola em Botucatu, cidade do interior paulista, buscando contextos regionais, forças sociais, tensões e singularidades presentes na assistência aos gripados no contexto da Saúde Pública dos anos de 1910. Em momento onde se retoma o debate sobre as atividades essenciais do Estado, entende-se imprescindível a busca de vestígios sobre condições e particularidades que corroboraram à integração de interesses, práticas e saberes que, ao se acomodarem, legitimaram o processo de coletivização da saúde, na Primeira República. |
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