Simulação de dano e flutuação populacional de Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) (Coleoptera: Curculionidae) em cultivares de arroz irrigado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Carbonari, Jairo João
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-233331/
Resumo: A simulação de dano e a flutuação populacional de Oryzophagus oryzae foram avaliadas em quatro cultivares de arroz irrigado (BR-IRGA 414, Bluebelle, BR-IRGA 410 e Dawn), diferenciadas quanto ao grau de resistência ao inseto e duração do ciclo de desenvolvimento, em condições de campo. O número de larvas e de perfilhos foi registrado aos 10, 16, 23, 31, 38, 45, 54, 61, 68, 75 e 85 dias após a irrigação por inundação (DAI) . As primeiras larvas foram encontradas aos 10 DAI, enquanto que o pico da população larval ocorreu aos 31 DAI independente da cultivar. As cultivares BR-IRGA 414 e Bluebelle (ciclo curto), perfilharam até aos 45 DAI, enquanto que BR-IRGA 410 e Dawn ( ciclo médio), até aos 68 DAI. Assim, o período de perfilhamento que excedeu a data em que ocorreu o pico populacional de larvas, foi de 14 e 37 dias para as cultivares de ciclos curto e médio, respectivamente. O dano de O. oryzae às raízes foi simulado na época em que ocorreu o pico da população larval, através de um equipamento de tração manual. Para avaliação, foram retiradas amostras de solo e raízes, logo após a simulação e na fase de pré-emissão de panículas (emborrachamento) de cada cultivar. Consideraram-se as variáveis peso seco, comprimento, volume e comprimento total de raízes. O corte proporcionado pelo simulador de dano foi similar ao provocado pelo ataque das larvas às raízes. Também os níveis de recuperação do sistema radicular, após os danos natural e artificial, foram semelhantes. As cultivares de ciclo médio apresentaram maiores índices de recuperação do sistema radicular e menores de redução na produção de grãos, após os danos simulado e natural, quando comparadas às de ciclo curto, sugerindo comportamento de tolerância ao ataque do inseto. Perdas de produção de grãos foram positivamente associadas ao índice de dano percentagem de recuperação às raízes, e negativamente à do sistema radicular. A similaridade no nível de dano e no nível de recuperação de raízes, obtidos pelos cortes artificial e natural, evidencia a possibilidade de uso da técnica de simulação de dano, na identificação de genótipos de arroz tolerantes a <i<O. oryzae, evitando problemas de desuniformidade ou escassez de infestação do inseto, em experimentos a campo.