Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Lachowski, Karina Monteleone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-16042015-101127/
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Resumo: |
O número de idosos vem crescendo em todo o mundo devido a um aumento na expectativa de vida e diminuição da taxa de natalidade. Concomitantemente, os avanços da ciência e da tecnologia na área da saúde poderiam contribuir para a manutenção de dentes por períodos mais prolongados, gerando um crescente número de idosos com dentes na boca. O objetivo dessa pesquisa foi conhecer a condição dentária e restauradora de pacientes idosos de um centro público que oferece tratamento dentário em São Paulo, Brasil. Materiais e métodos: Foram avaliados pacientes (60 anos ou mais) que compareceram ao serviço de triagem do CRI-Norte. Todos os pacientes foram entrevistados inicialmente (dados pessoais, história odontológica, hábitos de higiene). Pacientes dentados foram submetidos a um exame clínico: dentes perdidos, condição dos dentes e restaurações presentes. Para comparação foram utilizados os testes ANOVA e Qui-quadrado (p<0.05). Resultados: Foram avaliados 177 pacientes desdentados (54%) e 148 dentados, sendo 66% do sexo feminino e 34% masculino. 49,8% possuíam entre 60-69 anos e 63% nasceram na Região Sudeste. 73% dos pacientes não se consultavam com um dentista durante a infância, nem possuíam o hábito de realizar consultas periódicas durante a vida adulta (72%). Pacientes dentados (20%) frequentaram o consultório odontológico mais regularmente que os desdentados (8%). 80% dos pacientes dentados relataram escovar os dentes de 1 a 2 vezes por dia e 64% não fazem uso do fio dental. 32% dos pacientes apresentavam entre 5 e 19 dentes e apenas 6,5% apresentavam mais de 20 dentes na boca. Dentre os pacientes desdentados, 70% eram mulheres e 30% eram homens. O CPOD encontrado foi de 26, com predominância do componente perdido (média=21). Dentes inferiores anteriores são os mais retidos pela população idosa (41%). 14,6% dos dentes avaliados apresentaram lesão cariosa (63% lesões coronárias e 37% radiculares). A face coronária mais atingida por cárie foi a mesial (27%). 33% dos dentes presentes apresentaram restaurações sendo 60% satisfatórias e 40% insatisfatórias. 41% das restaurações de amálgama apresentaram-se satisfatórias com diferença estatística comparada a resina composta (13%). Em relação às faces coronárias restauradas, a oclusal foi a que mais apresentou essa condição (31%). Os pré molares foram os dentes com mais restaurações radiculares (48%). 40% dos pacientes apresentaram lesão cervical não cariosa (54% das lesões ocorreram em dentes anteriores), Pré molares (38%) e incisivos (34%) são os dentes mais atingidos por esse tipo de perda de estrutura. Em relação ao desgaste incisal/oclusal, 73% dos pacientes apresentaram essa condição (98% das lesões ocorreram em dentes anteriores). Conclusão: Conclui-se que no serviço público o número de pacientes idosos totalmente desdentados é relevante. Uma pequena parcela dos pacientes apresenta mais que 20 dentes, sendo que muitas restaurações não apresentam-se satisfatórias. O amálgama é a restauração que mais se manteve satisfatoriamente. Uma maior atenção deve ser dada aos tratamentos realizados e à conservação deles na população idosa. |