Prevalência das fissuras labiopalatinas no município de Bauru: concordância de diagnóstico entre registros do HRAC/USP, DNV e SINASC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vargas, Vivian Patricia Saldias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-04032016-102118/
Resumo: As fissuras labiopalatinas são as malformações mais comuns que atingem a face. Estudos epidemiológicos são importantes para o delineamento das ocorrências e alocação de recursos para tratamento. Objetivos: Determinar a prevalência das fissuras labiopalatinas no município de Bauru por sua notificação na Declaração de Nascido Vivo (DNV) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e verificar a concordância de diagnóstico comparando com registros do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP). Metodologia: Estudo observacional retrospectivo por avaliação de todas as DNV e identificação dos indivíduos com fissuras labiopalatinas nascidos e domiciliados em Bauru entre 01/01/2000 e 31/12/2010, comparados aos dados cadastrais do HRAC/USP. A prevalência foi calculada pela divisão do número de crianças com fissuras labiopalatinas pelo total de nascidos vivos registrados no período. A notificação dos diferentes tipos de fissuras foi comparada pelo teste qui-quadrado. Resultados: No período de estudo foram avaliadas 50898 DNV, entre as quais havia 232 notificações de anomalias congênitas (1:219 nascidos vivos), sendo 25 de fissuras labiopalatinas (1:2036 nascidos vivos). No mesmo período foram registrados no HRAC/USP 77 casos, revelando uma prevalência de 1:661 nascidos vivos, representando 67,5% de subnotificação das fissuras. A fissura palatina foi a mais prevalente (34,9%), seguida pela fissura labiopalatina (31,7%) e pela fissura labial (30,2%), afetando predominantemente o gênero masculino (58,5%). A notificação da fissura palatina isolada (16,12%) foi menor comparada às fissuras labial (43,75%) e labiopalatina (54,54%). Conclusão: O estudo revelou predominância de fissura palatina, com expressiva subnotificação das fissuras no sistema público de saúde, de forma mais acentuada para as fissuras palatinas comparadas às fissuras labial e labiopalatina. Esforços devem ser realizados para tornar confiáveis e fidedignos os dados do sistema público de saúde que usa como fonte de dados as DNV e o SINASC.