Disfunções endócrinas associadas à anorexia nervosa: importância do IGF-1 e da leptina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cominato, Louise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-11012012-142602/
Resumo: Anorexia nervosa e transtorno alimentar não especificado (TANE) são os transtornos alimentares mais frequentes na adolescência. Cursam com alterações hormonais e amenorreia. Este projeto tem como objetivo a maior compreensão das alterações laboratoriais e hormonais que ocorrem concomitantemente com esses transtornos alimentares na adolescência, em especial a relação com o retorno dos ciclos menstruais, a recuperação nutricional e a secreção de leptina e IGF-1. Vinte e oito adolescentes do sexo feminino, portadoras de anorexia nervosa ou TANE foram submetidas a coletas de amostras de sangue para dosagem de leptina, LH, FSH, PRL, estradiol, GH, IGF-1, TSH, T4L, T4, T3, proteínas totais e frações, função renal, hemograma, ferro, ferritina e eletrólitos no início do estudo e a cada cinco semanas num total de cinco coletas. Densitometria óssea foi realizada no início do acompanhamento e após seis meses para avaliar comprometimento ósseo. As principais complicações clínicas observadas foram amenorreia (78%) e osteoporose (14,8%). No início do estudo, 12 pacientes encontravam-se desnutridas com z score de IMC -2. As alterações hormonais presentes foram: diminuição do T3, estradiol, leptina, LH e IGF-1. As pacientes evoluíram com boa recuperação nutricional (variação da média de IMC ao longo do estudo IMC p < 0,01) e melhora dos parâmetros clínicos e hormonais. O IGF-1 apresentou-se como o melhor marcador de recuperação nutricional (p = 0,0001) e teve boa correlação com o retorno menstrual. À época do retorno menstrual as pacientes apresentaram IGF-1 > 340ng/mL (p = 0,04)