Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Souza, Marcos Paulo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-29072019-161209/
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Resumo: |
A síntese em fase sólida é o método mais utilizado na obtenção de peptídeos em laboratório. Em geral, as diferentes etapas do processo são realizadas em temperatura ambiente. De fato, até o início desta década, temperaturas elevadas (>40ºC) eram empregadas apenas esporadicamente nas etapas de acoplamento. Em 1993, entretanto, Rabinovich e Rivier propuseram a realização de todas as etapas do processo a 75ºC. Em 1996, Saneei e colaboradores tentaram automatizar o processo a 40-50ºC, apesar de não ter sido feita nenhuma avaliação sistemática prévia. Em 1997, Varanda & Miranda descreveram o primeiro estudo sistemático feito com o objetivo de investigar aspectos, vantagens, desvantagens e limitações da SPFS em altas temperaturas. O presente trabalho teve como objetivo ampliar os conhecimentos sobre o método através da avaliação de três importantes aspectos considerados problemáticos na SPFS convencional: racemização, agregação e síntese de peptídeos longos. Para tanto, vários peptídeos foram escolhidos como modelos de estudo. Todos eles foram sintetizados por SPFS convencional (usando protocolos de rotina de nosso laboratório) e por SPFS em alta temperatura (empregando as condições experimentais descritas por Varanda & Miranda em 1997). Os materiais brutos foram comparados em: 1- suas recuperações a partir de suas peptidil-resinas correspondentes; 2- suas qualidades. RP-HPLC, determinação do conteúdo de aminoácidos e CE foram os métodos de análise empregados. Os produtos e subprodutos majoritários foram isolados para caracterização química por análise de aminoácidos de seus hidrolisados totais e por espectrometria de massas. Os resultados obtidos demonstraram que no aspecto racemização a SPFS em alta temperatura, nas condições experimentais empregadas, mostrou-se equivalente à SPFS convencional: a incidência de estereoisômeros contaminantes nos peptídeos brutos foi inferior a 1%. O estudo do aspecto agregação evidenciou que se por um lado as condições experimentais empregadas para a SPFS em alta temperatura levaram a uma suposta minimização, por outro os peptídeos brutos obtidos foram de qualidade muito inferior a daqueles provenientes da síntese convencional: interrupções do crescimento das cadeias em resíduos de glutamina levaram à formação significativa de peptídeos contaminantes delatados. Se a agregação está ou não relacionada ao favorecimento destas reações secundárias é questão ainda não respondida. A síntese da CCK-22 humana não sulfatada sugeriu que o método de SPFS em alta temperatura é adequado à sua obtenção com bom rendimento e em tempo reduzido. Entretanto, a síntese da CCK-33 correspondente, um protótipo de peptídeo longo de seqüência complexa, evidenciou que, para a obtenção deste tipo de composto, a mistura 25%DMSO/tolueno pode não ser o solvente ideal comum para as etapas de desproteção, neutralização e acoplamento. Nestas condições, a mistura DIC/HOBt pode também não ser a melhor opção. |