Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Alice Aloísia da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-04102018-104908/
|
Resumo: |
Nas últimas décadas, o setor de pecuária bovina leiteira vem passando por diversas modificações influenciadas por redução de número de produtores, mudanças de políticas macroeconômicas e agrícolas e abertura econômica do Brasil. A produção de leite aumentou significativamente ao longo dos anos. Entretanto, mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores do mundo de leite bovino, sua produtividade (medida em litros de leite por vaca) está bem abaixo da dos principais países que operam no mercado. A produtividade da atividade ganha destaque para viabilizar o aumento da produção, suprir a demanda interna e dar maior competitividade ao setor no mercado externo. Diante disso, objetiva-se, através dessa tese, analisar a evolução diferenciada, interestadual e intraestadual, da produtividade da pecuária bovina leiteira nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, no período de 1974 a 2016, com base em áreas mínimas comparáveis (AMC). Esses Estados representaram 77,5% da produção de leite no Brasil em 2016. Através da análise exploratória de dados espaciais foi identificada a existência de autocorrelação espacial, sendo que a produtividade da pecuária bovina leiteira de uma AMC sofre influência da produtividade das AMC vizinhas. Foram identificados clusters espaciais de produtividade dos tipos Alto-Alto, Baixo-Baixo, Alto-Baixo e Baixo-Alto em todos os Estados considerados ao longo do período em análise. A configuração e localização geográficas desses clusters sofreram alterações nos Estados, refletindo os deslocamentos da produção ocorridos. Posteriomente, passou-se para a análise de convergência no intuito de identificar se está ocorrendo redução na diferença entre as produtividades da pecuária bovina leiteira entre as AMC e se os efeitos espaciais contribuem para as convergências absoluta e condicional. Para tanto, fez-se uso da econometria espacial. Para a análise de convergência condicional foram incorporadas variáveis de primeira e segunda natureza, propostas na Nova Geografia Econômica. Tanto a análise da convergência absoluta quanto a da convergência condicional confirmam a hipótese de existência de convergência e demonstram o efeito de transbordamento, ou seja, os choques ocorridos em uma AMC refletem nas AMC vizinhas. Entretanto, a velocidade de convergência foi baixa nas duas situações, indicando que a redução das diferenças de produtividade está ocorrendo de forma muito lenta. A análise de convergência condicional mostrou que as características iniciais das AMC influenciam para qual ponto estacionário a produtividade da pecuária bovina leiteira irá convergir, sendo que as variáveis distância da capital, pluviosidade, população, Produto Interno Bruto, crédito rural de investimento para pecuária e área com culturas tiveram influência diferenciada nos Estados no processo de convergência da produtividade tanto no período analisado como um todo como nos subperíodos considerados na tese. |