Rodas de diálogo e suas contribuições à comunicação na longevidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sanches, Marilia Fiorezzi Taborda Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-18012023-190225/
Resumo: A população está envelhecendo de modo acelerado sobretudo nos países em desenvolvimento,caso do Brasil. Em face da longevidade, o maior tempo de convivência entre gerações, a maior participação da pessoa idosa na sociedade e o surgimento de necessidades específicas, como por exemplo cuidados de longa duração, podem trazer dificuldades de comunicação aos relacionamentos. Torna-se fundamental dialogar verdadeiramente de modo que as expectativas de todos os envolvidos possam ser ouvidas e acolhidas. David Bohm propõe uma metodologia para o diálogo que pode ser utilizada em vários contextos e que nesse trabalho, foi aplicada para melhor compreensão da comunicação na longevidade. Objetivo geral: Desenvolver Rodas de Diálogo com pessoas idosas, familiares e profissionais que frequentam um serviço especializado em Geriatria e Gerontologia. Objetivos secundários:1) Analisar a dinâmica grupal para a escuta atenta e mais qualificada na longevidade; 2) Propor aos serviços que atendem à população idosa o método Diálogo de Bohm como instrumento de trabalho com grupos. Método: Estudo exploratório, qualitativo, desenvolvido em 05 encontros designados Rodas de Diálogo e conforme a metodologia de Bohm, entre pessoas idosas, familiares e profissionais que frequentam o Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), Centro de Referência do Idoso da zona leste de São Paulo. Resultados: Participaram do estudo 16 pessoas de faixas etárias diversas. As falas gravadas foram transcritas e analisadas por meio do Discurso do Sujeito Coletivo após identificação das expressões-chave selecionadas pela pesquisadora e presentes nos discursos individuais, originando um único discurso para cada encontro, onde se identificaram semelhanças aos pressupostos de Bohm. Conclusão: O método Diálogo de Bohm aplicado nas rodas de diálogo no IPGG apontou nos discursos coletados o quanto o diálogo é necessário como exercício ao autoconhecimento e no aprimoramento à escuta qualificada e empática. O diálogo praticado em grupo intergeracional mostrou-se útil para trabalhar questões muito presentes na longevidade, tais como o preconceito e os estereótipos relacionados à velhice, as relações de cuidado e as relações familiares, bem como para amplificar a voz e a visibilidade da pessoa idosa, dando-lhe espaço para colocar seus pedidos e necessidades. Assim, instituir o Diálogo de Bohm nos serviços que atendem à população idosa como instrumento pode tornar-se um potente caminho para fortalecer e desenvolver a comunicação