Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Feitosa, Izabela Dayany França |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17160/tde-04012021-110332/
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Resumo: |
A epilepsia do lobo temporal (ELT) é a forma mais frequente de epilepsia focal em adultos, sendo a epilepsia mesial do lobo temporal associada à esclerose hipocampal (EMLT-EH) o subtipo mais comum. Aproximadamente 30% dos pacientes com EMLT são farmacorresistentes (CHOI, 2008), metade desses são candidatos a cirurgia de ressecção do lobo temporal. (ROSENOW, 2001). Para a indicação da cirurgia, deve-se localizar com acurácia a zona epileptogênica, a qual pode ser definida a partir da análise da semiologia da crise, da atividade ictal e interictal do eletroencefalograma, da avaliação morfológica com RM de alta resolução (KILPATRICK, 1997). Entretanto, quando o EEG de superfície falha ao demostrar de forma inequívoca a zona de início ictal, estudos semi-invasivos, com eletrodos de forame oval (EFO), e/ou estudos invasivos com eletrodos profundos (estéreoeletroencefalograma (SEEG), estrias ou placas subdurais) são necessários (DIEHL, 2000). No presente estudo, analisamos os dados de 161 pacientes com EMLT submetidos a avaliação com eletrodos de forame oval. A avaliação com EFO foi realizada quando o EEG de superfície apresentou: (a) crises bitemporais independentes, (b) início ictal não lateralizatório, (c) início ictal contralateral ao lado da EH. Quando o estudo com EFO também não foi capaz de definir um início ictal inequívoco, a avaliação com eletrodos invasivos foi proposta. O EFO foi resolutivo em 91 casos (56,5%). Desses 78 pacientes realizaram a cirurgia de lobectomia temporal com 73,1% dos pacientes ficando livre de crises. Vinte e um pacientes foram avaliados com eletrodos invasivos após estudo com EFO. O eletrodo invasivo confirmou os resultados do EFO em 16 casos (76,2%). O estudo com eletrodos invasivos orientou uma conduta cirúrgica em 7 pacientes e a lobectomia temporal foi realizada, tornando livres de crises 04 pacientes (57,1%). A avaliação com eletrodos forame oval tem uma boa relação custo-efetividade, é bem tolerado pelos pacientes e apresenta menor taxa de complicações quando comparado aos outros métodos. Portanto, concluímos que a avaliação com EFO, após EEG de superfície não concordante, pode ser uma alternativa segura, mais econômica quando comparada a avaliação invasiva e com desfecho pós-cirúrgico excelente em paciente com EMLT. |