Mofo nos domicílios dos recém-nascidos de uma coorte na cidade de São Paulo, Brasil - Projeto Chiado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fiório, Cleiton Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-04032011-083717/
Resumo: Introdução - Alguns tipos de fungos, como o mofo, são de fundamental importância médica, principalmente por produzirem toxinas nocivas à saúde dos humanos. São frequentemente encontrados no interior dos domicílios quando há condição favorável, como umidade e temperatura adequada. Vários estudos relataram associação entre mofo e doenças alérgicas ou respiratórias em crianças. Objetivos - Descrever as características dos domicílios dos recém-nascidos incluídos em um estudo de coorte na cidade de São Paulo e identificar as possíveis associações com o desenvolvimento de mofo visível nas superfícies (paredes, piso e teto). Métodos - Este trabalho faz parte de uma coorte de recém-nascidos com início em 2003 e término em 2007, denominada PROJETO CHIADO. Participaram do estudo 378 domicílios. Entrevistadores fizeram visitas nestas residências para coletar dados referentes às características dos domicílios (tipo de cobertura, tipo de forro, idade da construção) e condições intra-domiciliares (ventilação, aglomeração, incidência solar, temperatura, presença de umidade, presença de mofo). Foram realizadas análises descritivas e análises bivariável e multivariável (regressão logística) para identificar possíveis associações entre as características dos domicílios e a presença de mofo. Resultados Foi encontrado mofo visível na maioria dos domicílios visitados (66 por cento), sendo 28 por cento no quarto da criança e 38 por cento em outros cômodos. Foi relatada umidade em aproximadamente metade dos domicílios (47 por cento) e ventilação regular, ruim ou péssima em 42 por cento. Foram identificadas associações positivas entre a presença de mofo no quarto da criança e ventilação ruim ou péssima (OR=2,14; IC95 por cento:1,05-4,38), falta de incidência solar no verão (OR=3,84; IC95 por cento:1,59-9,28) e aglomeração de quatro ou mais pessoas no quarto da criança (OR=2,09; IC95 por cento:1,24-3,50). Por outro lado, os tipos construtivos apresentaram associação inversa com o mofo (OR=0,41; IC95 por cento: 0,17-1,01) para cobertura com telha de cerâmica e forro de madeira ou cobertura com fibrocimento e forro de concreto e OR=0,40; IC95 por cento: 0,18-0,90 para cobertura com telha de cerâmica e forro de concreto. Conclusão Ventilação precária, falta de incidência solar no domicílio durante o verão e aglomeração de pessoas no domicílio propiciam o desenvolvimento de mofo enquanto que os tipos construtivos com coberturas feitas com materiais de maior densidade protegem os domicílios contra o desenvolvimento de mofo. A partir do conhecimento das características dos domicílios, é possível realizar intervenções para evitar o crescimento do mofo