Avaliação dos nutrientes minerais na ingestão e nos fluidos biológicos em pessoas com obesidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Junqueira, Gizela Pedroso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-06052022-163940/
Resumo: Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial que pode impactar o estado geral dos nutrientes minerais na saúde desses pacientes. Estudos têm demonstrado que alterações na concentração de nutrientes minerais podem potencializar distúrbios metabólicos nessa população. Assim, pesquisas envolvendo fluidos biológicos para avaliar o estado nutricional são fundamentais para o estabelecimento de biomarcadores de nutrientes minerais de pacientes obesos. Objetivo: Avaliar a concentração dos nutrientes minerais nos fluidos biológicos em adultos com e sem obesidade. Casuística e métodos: 28 voluntários foram divididos em dois grupos: Grupo Obesidade (GO, n=14) e Grupo Controle (GC, n=14). Estes foram avaliados quanto à antropometria, composição corporal, exames bioquímicos, ingestão alimentar habitual e nutrientes minerais (manganês; selênio; estrôncio; zinco; molibdênio; cobre; ferro; cálcio; magnésio e cromo) por meio dos fluidos biológicos (plasma, eritrócito, saliva, urina e lágrima) pelo método de ICP-MS. Os dados foram analisados pelo teste t-Student para amostras independentes ou Mann-Whitney. Para as variáveis categóricas utilizou-se o teste exato de Fisher ou Qui-quadrado. Para as correlações entre as variáveis utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Considerou-se o nível de significância de 5% (p &le; 0,05). Resultados: A avaliação antropométrica, composição corporal e colesterol LDL estiveram significativamente maiores no GO (p < 0,05). A análise de ingestão habitual não diferiu entre os grupos (p > 0,05). Para nutrientes minerais nos fluidos biológicos, valores plasmáticos de Se e Fe foram significativamente mais baixos no GO, respectivamente 18,4±10,3 e 57,8±34,6 (p < 0,05). Por outro lado, o Mg eritrocitário e o Ca salivar apresentaram maiores concentrações no GO, respectivamente 5,8±0,8 e 2,7±0,9. (p < 0,05). Além disso, o GO apresentou concentrações urinárias de Se e Mo significativamente menores quando comparado ao GC, respectivamente 1,7±0,6 e 2,7±1,4 (p < 0,05). Em relação às lágrimas, não houve diferença entre os grupos (p > 0,05). A ingestão do Se demonstrou uma correlação negativa com as medidas antropométricas no GO. Encontramos correlações entre a ingestão dos nutrientes minerais Mn, Mg, Se, Fe e Ca com os fluidos biológicos, a depender do grupo e do fluido avaliado. Ao analisar a correlação entre os fluidos, os nutrientes minerais que apresentaram resultados significativos foram o Mn, Se e Cu em ambos os grupos. Conclusões: O GO apresentou alterações nos nutrientes minerais avaliados quando comparado ao grupo controle a depender do mineral e do fluido. Nosso estudo fornece uma melhor compreensão acerca das diferentes concentrações dos nutrientes minerais nos fluidos biológicos em pessoas com obesidade comparadas a um grupo controle. Além de auxiliar em pesquisas futuras sobre biomarcadores para a análise de minerais.