Influência do material de cimentação temporário na resistência de união de pinos de fibra de vidro/cimento resinoso à dentina radicular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Vinicius Leite Rosa e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-05122022-123702/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do remanescente de cimentos temporários no interior do canal radicular na resistência de união de pinos de fibra de vidro e cimento resinoso. Trinta e duas raízes de incisivos centrais superiores foram padronizadas em 15 mm e os canais instrumentados com Reciproc R50 e obturados com cone único R50 e AH Plus. Foram removidos 10 mm do material obturador com condensador de Schilder aquecido, deixando 5 mm apicais de material obturador. As raízes foram aleatoriamente distribuídas em 4 grupos (n=8). O grupo controle teve o conduto preparado com broca de acordo com o diâmetro do pino (DC #1, FGM, Joinvile, Brasil), irrigação com 5 mL de água destilada e recebeu a cimentação do pino de fibra de vidro com cimento resinoso autoadesivo imediatamente após a obturação do canal radicular. Para as raízes dos demais grupos, foram confeccionados núcleos com retentores intrarradiculares provisórios cimentados com diferentes cimentos temporários: à base de resina metacrilato (Bifix Temp - Voco), à base de hidróxido de cálcio (Provicol - Voco) e à base de óxido de zinco livre de eugenol (Relyx Temp NE - 3M). Após 7 dias, foi realizado a remoção mecânica dos retentores provisórios, preparo, irrigação do conduto e cimentação do pino de fibra de vidro, seguindo o mesmo protocolo realizado no grupo controle. As raízes foram seccionadas, obtendo 3 slices por terço. O corte mais cervical de cada terço foi submetido ao teste de pus-hout e análise do padrão de falha, e o corte mais apical submetido à análise da interface adesiva em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de RU foram comparados entre grupos utilizando o teste ANOVA dois critérios com pós-teste de Tukey. Os resultados do padrão de falha foram expressos em porcentagem e comparados entre grupos por meio do teste qui-quadrado e os dados da adaptação do material na interface adesiva foram avaliados por meio dos testes de Kruskal-Wallis e Dwass-Steel-Critchlow-Fligner. Os resultados evidenciaram maior RU no terço cervical, com maior valor nos grupos controle (10,8 ± 0,94) e Bifix Temp (9,78 ± 0,71), sem diferença estatisticamente significante entre eles (P>0,05). Os terços médio e apical não apresentaram diferença estatisticamente significante (P>0,05). Em relação ao tipo de falha, observou-se maior percentual de falhas adesivas mistas para todos os grupos avaliados. A análise da interface adesiva por MEV mostrou que o cimento temporário Bifix Temp apresentou maior adaptação na interface adesiva. Concluiu-se que o cimento temporário à base de resina metacrilato apresentou maior resistência de união e adaptação à dentina radicular do que os cimentos temporários à base de óxido de zinco e hidróxido de cálcio.