A constituição de subjetividades legitimadoras das desigualdades de gênero: um estudo a partir de referenciais da Psicologia e Educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Stach-Haertel, Brigitte Ursula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18032010-095157/
Resumo: Este trabalho se insere na área da Psicologia Moral buscando investigar crenças e valores referentes à socialização de gênero, pautados nas representações de adolescentes, de camadas populares urbanas. Pesquisa realizada com pouco mais de duzentos jovens, entre onze e quinze anos de idade, de ambos os sexos, em uma unidade escolar da rede pública municipal na zona norte da cidade de São Paulo. Utilizou como ferramenta um questionário contendo dez afirmações incompletas que em sua primeira parte sugeriam associações aos papéis sociais, tanto em relação às feminilidades, quanto às masculinidades, complementados por conflitos de interesses, primeiramente entre pares do sexo oposto e posteriormente por parceiros de mesmo sexo. Aplicada a análise a partir dos referenciais dos modelos organizadores de pensamento às respostas dadas, foi possível identificar a idéia central a partir da qual se ancoraram as percepções dos jovens nas diferentes afirmativas. Os resultados obtidos demonstram que, ainda que meninas e meninos reconheçam, desde muito cedo, o mundo composto por seres sexuados, o fazem sem estabelecer juízo de valor. Entretanto, em certo estágio da puberdade, especialmente a partir dos treze anos, parcela das jovens e dos jovens, introduz variáveis que suspendem, de algum modo, a igualdade natural entre os sexos estabelecendo hierarquias e subordinações que denunciam uma valoração, gradativa e díspar, dos papéis sociais relativos ao gênero.