Hanseníase no Espírito Santo: uma endemia em ascensão?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Moreira, Marilda Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-02092021-161549/
Resumo: Objetivo. Estudar a tendência da Hanseníase no Estado do Espírito Santo e suas macrorregiões de saúde. Período: 1980 a 2003. Método. Trabalho de delineamento descritivo, abrangendo análise de tendência e estudo ecológico exploratório. População de estudo: o universo dos casos de hanseníase, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Realizou-se estudo de tendência da incidência global, por faixa etária e por classificação operacional, utilizando modelos estatísticos para séries temporais. Os indicadores de avaliação da endemia foram analisados segundo parâmetros propostos pelo Ministério da Saúde. Resultados. Na Análise de Tendência, as curvas de incidência global e por faixa etária, indicam tendência de crescimento, menos pronunciado a partir do ano de 1996; tendência de crescimento para os paucibacilares e de estabilização para os multibacilares. A avaliação dos indicadores de acompanhamento da endemia revelou que o percentual de grau de incapacidade 2 manteve-se estável em baixos patamares, média de 6%; percentual de casos em menores de 15 anos abaixo dos 10%, com discreta tendência ao declínio; altos índices de forma tuberculóide; percentual de abandono na faixa de 6%. A prevalência encontra-se em declínio. Conclusões. A tendência da hanseníase no Espírito Santo no período de 1980 a 2003 é de crescimento, aparentando menor velocidade a partir de 1996. Esta situação não é homogênea. Na Macro3 - Norte, onde os indicadores socioeconômicos são mais precários, a tendência é crescente. Tendência de declínio da prevalência, sugerindo influência de fatores operacionais. Merecem estudos adicionais, os altos índices de forma T verificados no Estado, e a grande oscilação dos dados da Macro2 - Sul.