Profilaxia pós-exposição sexual ao HIV (PEP Sexual) no contexto da prevenção combinada entre homens que fazem sexo com homens 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mathias, Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02092021-150430/
Resumo: As tecnologias de prevenção do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) vêm se modificando e sendo aprimoradas no decorrer da última década. Considerando que homens que fazem sexo com homens (HSH) estão dentre as populações-chave e os mais vulneráveis à infecção pelo HIV, a perspectiva da prevenção combinada indica que é altamente recomendável a utilização da profilaxia pós-exposição (PEP) em combinação com outros métodos e estratégias de prevenção. A literatura científica reflete a carência de estudos qualitativos neste segmento acerca da tomada de decisão quanto ao uso de estratégias de prevenção combinada, mais especificamente da PEP. Considerando os possíveis atravessamentos de marcadores sociais, como orientação sexual, gênero, geração, raça/cor, classe social, percepções de risco e vulnerabilidade de HSH, o objetivo desta tese é compreender o processo de escolha da estratégia de PEP no contexto dos programas de prevenção combinada e o impacto de seu uso na vivência afetivo-sexual de HSH. Dois artigos foram escritos com foco nesse assunto, sendo o primeiro uma síntese temática de literatura, que é uma revisão qualitativa de métodos e estratégias de prevenção entre HSH. O texto demonstra a primazia de estudos abordando alguns métodos e estratégias de prevenção ao HIV no grupo dos HSH em detrimentos de outros, e a relevância das questões inerentes a estigma e redes de apoio na efetividade dos métodos e estratégias de prevenção investigados. O segundo artigo traz uma análise qualitativa de material empírico oriundo de entrevistas com 25 HSH usuários de PEP em cinco cidades brasileiras. O artigo investiga as percepções de risco e a experiência de uso da PEP, contribuindo com o fortalecimento da discussão sobre os impactos do estigma e as grandes potencialidades das redes de apoio para a prevenção combinada como um todo. Os dois achados em comum, o estigma e as redes de apoio, se mostram como peças-chave para entender e atuar na prevenção junto à população de HSH, trazendo ainda mais corpo teórico para a discussão da prevenção combinada ao HIV.