Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Kátia Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-18042018-111417/
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Resumo: |
Introdução: A internação no primeiro ano de vida pode estar associada a diferentes fatores que permeiam o início da vida. Embora se tenha conhecimento sobre possíveis fatores de risco para hospitalização na infância, em nosso país, estudos de coorte de nascimento para investigação desta temática ainda são escassos. Objetivo: Investigar a influência da idade gestacional (IG) e fatores perinatais (FP) nas internações hospitalares durante o primeiro ano de vida. Método: Estudo descritivo e analítico, prospectivo, de uma coorte de nascimento iniciada em 2010 na cidade de Ribeirão Preto e acompanhada a partir do segundo ano de vida (2011/2013). A variável desfecho foi a internação no primeiro ano de vida, obtida na entrevista do questionário do segundo ano de vida. As variáveis independentes colhidas na entrevista ao nascer foram os fatores sociodemográficos maternos e gestacionais e do recém-nascido. Por meio de regressão de Poisson com ajuste robusto da variância foi verificada associação entre a ocorrência ou não de internação no primeiro ano de vida, com estimação do risco relativo e os respectivos intervalos de confiança de 95%, em quatro modelos: Modelo 1: ajustado pelas variáveis sociodemográficas; Modelo 2: ajustado pelas variáveis gestacionais e do nascimento; Modelo 3: ajustado pelas variáveis do recém-nascido; Modelo 4: ajustado por todas as variáveis dos modelos anteriores. Para testar a associação entre a idade da ocorrência na internação durante o primeiro ano de vida e as variáveis de interesse, foi utilizada a regressão logística multinomial seguindo a mesma estrutura da análise anterior. Resultados: Das 7508 mães de RN vivos de partos únicos, entrevistadas no nascimento, 3689 (49%) vieram para reavaliação no seguimento, das quais 584 (15,8%) foram internadas no primeiro ano de vida. Destas, 171(29,2%) crianças foram hospitalizadas com <=14 dias de vida, 92 (15,7%) entre 15-30 dias, 91(15,7%) entre 31-90 dias e 230 (39,3%) no intervalo de 91-365 dias de vida. A análise de Poisson revelou associação entre internação no primeiro ano de vida para crianças nascidas com IG <= 33 semanas (IRR: 2,53; IC95% 1,90-3.38) e IG de 34-36 semanas (IRR: 1,95; IC95% 1,56-2,42). Hipertensão na gestação (IRR: 1,26; IC95% 1,04-1,54) e parto pelo Sistema Único de Saúde (IRR: 1,25; IC95% 1,00-1,56) também estiveram associadas a internação. A análise multinomial revelou associação entre IG <= 33 e 34-36 semanas para todas as idades de internação. Ainda, idade materna <=20 anos foi associada com internação na idade <= 14 dias de vida, mas não para outras faixas etárias. Conclusão: Nascimento pré-termo foi fator associado à internação no primeiro ano de vida e as crianças nascidas com IG <= 33 semanas e 34-36 semanas apresentam riscos semelhantes de hospitalização. Em contrapartida, os fatores perinatais como a hipertensão na gestação, exercem riscos de internação relativo a faixa etária das crianças. |